Continuo a precisar de tudo… Tudo o que o entreguei ao tempo, tudo o que pedi à esperança para acreditar, tudo por que lutei com forças que não existem. Mas agora preciso de mim…
segunda-feira, 28 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
a sorte num mimo
O carinho é um presente que se guarda para sempre... É valioso pela simplicidade com que consegue fazer o coração sorrir.
De dentro para fora fez-me assim sorrir com um miminho lindo. Obrigada!
E, se há algo bonito de partilhar, são os mimos... que ganham cor em cada olhar e de forma única dizem o que as palavras não são capazes.
Acredito que quem sente um gesto assim o guarda pelo seu valor e pelo valor o partilha... por isso, ter de escolher 7 "sortudos" não é fácil, mas acalma por imaginar quantos outros "sete" poderão sentir-se lembrados depois destes:
De dentro para fora fez-me assim sorrir com um miminho lindo. Obrigada!
E, se há algo bonito de partilhar, são os mimos... que ganham cor em cada olhar e de forma única dizem o que as palavras não são capazes.
Acredito que quem sente um gesto assim o guarda pelo seu valor e pelo valor o partilha... por isso, ter de escolher 7 "sortudos" não é fácil, mas acalma por imaginar quantos outros "sete" poderão sentir-se lembrados depois destes:
... o que já fui
Sonho o que já fui…
Criança… pequena… com dias cheios de tudo. Tardes a correr, feridas nos joelhos… deveres feitos à pressa para ir, lá fora, esgotar o dia. Ao fim-de-semana, acordar cedo, ver desenhos animados e apressar-me para aquele miminho diferente… Nas férias, quando os irmãos, sempre grandes, queriam aproveitar ao máximo, lá andava eu contente, sempre colada a eles. Era um espectáculo quando a minha irmã me arranjava para ir com ela à escola (que era enorme) ver as notas, para ir fazer o que quer que fosse… havia sempre um colo, uma brincadeira, umas cavalitas, o lugar numa bicicleta onde não chegava aos pedais…
Depois cresci, mas achei que a alegria me pertencia e que podia ser sempre aquela criança, sempre maior.
Já crescida sei que vive muitos sorrisos, muitos mimos, tão iguais…
Foi por isto que sonhei sempre… O presente era, sem falhas, uma continuidade de tudo.
Hoje o futuro impinge-se como avesso do passado e eu sonho o que já fui…
Criança… pequena… com dias cheios de tudo. Tardes a correr, feridas nos joelhos… deveres feitos à pressa para ir, lá fora, esgotar o dia. Ao fim-de-semana, acordar cedo, ver desenhos animados e apressar-me para aquele miminho diferente… Nas férias, quando os irmãos, sempre grandes, queriam aproveitar ao máximo, lá andava eu contente, sempre colada a eles. Era um espectáculo quando a minha irmã me arranjava para ir com ela à escola (que era enorme) ver as notas, para ir fazer o que quer que fosse… havia sempre um colo, uma brincadeira, umas cavalitas, o lugar numa bicicleta onde não chegava aos pedais…
Depois cresci, mas achei que a alegria me pertencia e que podia ser sempre aquela criança, sempre maior.
Já crescida sei que vive muitos sorrisos, muitos mimos, tão iguais…
Foi por isto que sonhei sempre… O presente era, sem falhas, uma continuidade de tudo.
Hoje o futuro impinge-se como avesso do passado e eu sonho o que já fui…
terça-feira, 22 de abril de 2008
afinal... transparentes
Olho-me na televisão apagada e percebo a transparência do olhar cheio de um dia a mais.
Já conheci os meus olhos de quase todas as cores na voz de quem os vê, mas ninguém me avisou que eram transparentes.
Já conheci os meus olhos de quase todas as cores na voz de quem os vê, mas ninguém me avisou que eram transparentes.
Assim, nunca me deixarão ir para além das cores da alma.
domingo, 20 de abril de 2008
Eras o último...
Dia, porque mentes?
Eras o último de tantos…
Contados, sofridos, calados…
Podias ser fronteira,
O fim do silêncio da saudade.
Apesar de cinzento,
Sonhei-te.
Acreditei que sonhar
Não era sonho.
Abri as portas da tua memória
E nostálgico sorriste.
Dou-te e fugiste…
E eu?
Voltaste a esquecer-te de mim.
Eras o último de tantos…
Contados, sofridos, calados…
Podias ser fronteira,
O fim do silêncio da saudade.
Apesar de cinzento,
Sonhei-te.
Acreditei que sonhar
Não era sonho.
Abri as portas da tua memória
E nostálgico sorriste.
Dou-te e fugiste…
E eu?
Voltaste a esquecer-te de mim.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Pensamento(s)
Penso porque sinto e porque penso, sinto.
Pensei: porque penso se dói?
Senti que sentir não tem fundo, nem regras... Leva longe, mas também para lá do lado quente.
Devia a vida ensinar o pensamento a sentir.
Pensei: porque penso se dói?
Senti que sentir não tem fundo, nem regras... Leva longe, mas também para lá do lado quente.
Devia a vida ensinar o pensamento a sentir.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
tento baixinho
Falo baixinho, tento embalar-me nas palavras escondidas e roubar-me do tempo. Mas o tempo parece segredo habituado aos sussurros.
Choro baixinho, tento passar por entre cada gota sem chegar ao fim… ao fundo de mim.
Mas o fundo de mim parece saber que afinal tento não ouvir-me, só para não sentir.
Choro baixinho, tento passar por entre cada gota sem chegar ao fim… ao fundo de mim.
Mas o fundo de mim parece saber que afinal tento não ouvir-me, só para não sentir.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
talvez...
Se o silêncio esconde tantos gritos, talvez o escuro guarde a luz e a dor possa ser um dia os sonhos.
sábado, 12 de abril de 2008
aprender(-me)
Há dias que são importantes porque nos ensinam a ultrapassarmo-nos.
…
De repente uma sala a que conhecia os cantos torna-se mais pequena, cheia de gente crescida…, sem espaço por onde fugir.
O silêncio desmascarava o espanto.
Eram muitos os olhares… preenchidos, seguros, perdidos, cúmplices… Todos a sugar o meu. Sentia-o a bailar num mar transparente… (pro)fundo, onde ninguém se podia afundar. As palavras simples seriam refúgio se não dançassem com os ventos fortes dentro das portas fechadas.
Contar histórias para a vida de uma vida passada difícil de viver é olhar para o medo e sorrir… recordar e aprender(-me).
…
De repente uma sala a que conhecia os cantos torna-se mais pequena, cheia de gente crescida…, sem espaço por onde fugir.
O silêncio desmascarava o espanto.
Eram muitos os olhares… preenchidos, seguros, perdidos, cúmplices… Todos a sugar o meu. Sentia-o a bailar num mar transparente… (pro)fundo, onde ninguém se podia afundar. As palavras simples seriam refúgio se não dançassem com os ventos fortes dentro das portas fechadas.
Contar histórias para a vida de uma vida passada difícil de viver é olhar para o medo e sorrir… recordar e aprender(-me).
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Diferentes distâncias
Como há distâncias diferentes… As que de mais perto doem e aquela que os quilómetros separam, que obriga a um silêncio diferente e que aperta o coração de preocupação.
Fico feliz pelo sonho que chega e adormeço o meu até ser grande.
Fico feliz pelo sonho que chega e adormeço o meu até ser grande.
Se ao menos as saudades pudessem viajar…
segunda-feira, 7 de abril de 2008
... já era dia
Passei a noite a pensar como tocar as estrelas… Quando decidi mostrar ao céu as mãos, já era dia.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
razão...
Encostei a razão ao espelho. Na parede não se via...
Perguntei-lhe a origem das certezas, o caminho certeiro dos pensamentos, a empresa de manutenção do controlo remoto das emoções e porque é que é sempre a última a falar quando tudo se precipita.
Odiou-me... quando se viu ponto de interrogação.
Mas no espelho ficou linda... ganhou forma de quem sente.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Palavras sem chão
Achei que nunca me faltariam palavras… Mas quando em silêncio se arrastam e tropeçam umas nas outras, deixam de ser caminho… passam a ser chão.
Não sei se são pisadas… quando ando assim, só sinto as pontinhas dos pés.
Não perdem a beleza, nem a cor… não deixam de ter tamanho… só se resumem nas frases que ainda não se conformaram em ser mero instrumento da voz.
Não sei se são pisadas… quando ando assim, só sinto as pontinhas dos pés.
Não perdem a beleza, nem a cor… não deixam de ter tamanho… só se resumem nas frases que ainda não se conformaram em ser mero instrumento da voz.
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