domingo, 31 de agosto de 2014

Procuro... porque existe...


Procurei na noite...
Que se tornou tão densa...
O amor que outrora perdi...
Pode ser que acordado pernoite,
Como prolongada doença,
Agarrado ao frio que num fio senti...

Procuro porque sei que existe...
Sonhei-o! Vivi!
Não é um direito adquirido
Mas é em mim que persiste
E é meu porque o senti,
Mesmo que agora esteja perdido...

Procuro hoje de dia,
Amanhã e sempre depois se preciso for,
Tudo por que sorri...
Com profunda felicidade na alegria
Por saber que é amor
Tudo aquilo que vivi...

E muda-se o tempo para o presente
Porque o amor não é passado...
...






Ni

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

... Quase sem ser...


Na busca incessante de ser
E do que procuro em mim
Sou quase sem ser
Nesta busca sem fim...

Não sei o que sou...
Não sei se serei...
Sei que não sou
O que outrora sonhei...

E tudo isto dói
Quase sem doer...
Porque tudo isto foi
O que fui sem ser...







Ni

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Trago no peito uma dor...

Trago no peito uma dor...
Tem estranhas características,
De tudo inespecíficas...
A tensão a descontrolar,
A pulsação por regular...,
As pernas a tremer...,
As mãos sem saber que fazer...
...
Começo a história do início,
Como pede o raciocínio...
Trago no peito uma dor
Que aperta sem doer...
Quase que por não ser
Não mais que somente amor
Que por amar de verdade
Sem pedir fica saudade...







Ni

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Não percebo...! Não sei...!

Sei que estás a meu lado. Sei que estás a meu lado quando durmo e que me acordas todos os dias... Acordas-me todos os dias da minha vida. É sempre assim... Reconheço tudo isto e agradeço. Agradeço porque sinto quão grande é a beleza sentida que suporta esta nossa existência... assim... Esta existência mutuamente amada e sem razão..., como sonho. Sei que esta minha existência se deve a um sonho que um dia sonhaste e que alimentas a cada acordar... Mas não percebo! Não percebo a imperfeição do sonho. Não percebo, por em tudo isto reconhecer o Amor, a imperfeição. Não percebo que queres de mim. Não percebo o silêncio das respostas às minhas perguntas. Não percebo como (quase) todas as conversas se transformam em monólogos meus, desalinhados, cheios de todo o nada que sustenta as dúvidas e a razão... Não percebo. Onde falha o sonho? Onde falha o Amor? Onde falho eu? Já não sei o que sonhas neste sonho que sou...
Não percebo o que queres de mim...
Desculpa, mas também rezo assim... Não sou capaz de só "debitar" (fico em dúvida até com as aspas) orações, do início ao fim, quase sem inspirar, sem pensar....
Não sei se sou o que sonhas e o que queres de mim...






Ni

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

... com ou sem defeito...



Em frente à imensidão do mar
E debaixo de um céu que não é o meu
Pergunto-me afinal quem sou eu...
E de que vale existir e amar
Se afinal o amor não é perfeito
E existir é o primeiro passo para o defeito...

E mantém-se igual o mar
Tingido no horizonte pelo céu,
Salgado pelas lágrimas do meu eu
Que choro só de sentir e pensar
Que o amor afinal (im)perfeito
Não tem para mim qualquer defeito...

E de nada me vale pensar
Quem penso ser eu...
Porque fica igual o céu...
E há-de dançar igual o mar...
E sem saber como ser maior
Há-de crescer (im)perfeito...
... Com ou sem defeito...
Aquilo que sei ser amor.





Ni