quarta-feira, 28 de maio de 2008

época de exames

Entrei no tempo em que o tempo exige tempo que o tempo não dá.
Confuso?!... Não. Apenas a fase que não encaixa na vida boa de estudante.
As noites, pequenas noites, não descansam, porque lá, não muito longe, já vêem a manhã a chamar.
Na mesa dossier’s e o espaço da chávena de café. No computador post-it, datas e horas a passar. Ainda faltam folhas e livros e tempo.
Na agenda faltam dias e mesmo assim não vejo o fim da época de exames.




Poderei (a)parecer ausente, mas andarei por cá… por aí… pelo meio de nós.
Obrigada.

sábado, 24 de maio de 2008

outro desafio

Parece que andamos em época de desafios... Agora de dentro para fora desafiou-me a revelar 6 pequenas coisas que eu odeio...(que não gosto muito).

Deixem-me primeiro dizer que não gosto da palavra ódio, mas há coisas que nos entristecem e chateiam... são essas que vou tentar listar.


Não gosto de...

1 - ... sentir frio ao deitar.

2 - ... errar e não perceber porquê.

3 - ... corar.

4 - ... manhãs apressadas.

5 - ... não saber falar de mim e deixar fugir tudo num olhar.

6 - ... esquecer.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Não posso...

Foi exactamente agora que o meu coração começou a bater mais forte. Não, não é qualquer tipo de alegria sorrateira. É a tristeza escancarada. Mas não posso chorar… e as palavras saem de repente, como quem quer freneticamente escrever fim.
Não posso chorar. Não posso chorar porque os olhos doem de outros dias. Não posso chorar porque (não) sinto. Não posso chorar porque noutros olhos estaria a exagerar. Não posso chorar porque a dor já não se chora. Não posso chorar porque não posso chorar. Mas as palavras não escolhem. Não posso escrever fim porque até agora não lutei assim. Não posso escrever fim porque (não) sinto. Não posso escrever fim porque noutros olhos estaria a exagerar.
Não posso ou não quero… desistir (?!).
E o coração não acalma e a alma já chora e os pontos finais caem em cima das frases soluçadas no silêncio. E as perguntas não param e as respostas não falam e a única resposta não existe. O silêncio instalou-se, o desconforto grita e a mão treme e pede calma. Acabam-se as forças e o tempo, o tempo das forças e a força do tempo. Já não há sinal de um outro lado, daquela manhã diferente depois da noite tão igual. Já não há sinal… Mas ainda há esperança que não devia haver. Ainda há tempo eternizado nas recordações do coração.
Pode o tempo roubar-me as palavras, a pontuação, as lágrimas e a esperança, mas as recordações não. Talvez devesse, mas não deixo.


quinta-feira, 22 de maio de 2008

(mais um) desafio...

Mais um desafio... desta vez lançado pela Lira.

Sinto que sou assim...



Família: A que Deus escolheu para mim.

Homem: não há um… há aqueles com que cresço e me sinto feliz, chamam-se Amigos

Mulher: a que ama e ensina a amar.

Sorriso: O nosso.

Perfume: o(s) que não esqueço. Há cheiros assim, parece que se entranham na alma.

carro: um dia…

Paixão: a que acabou, a que há-de surgir e as que me fazem seguir.

Amor: lindo, mesmo quando faz chorar.

Olhos: os meus e os que me vêem.

Sal: uma pitada todos os dias.

Mar: tenho saudades… leva-me e traz-me sempre melhor.

Chuva: não gosto, mas sem ela não havia tantos arco-íris.

Livro: O Principezinho

Filmes: Rei Leão, Favores em cadeia e Patch Adams

Músicas: as que a minha guitarra toca comigo e todas as que me tocam.

Dinheiro: o necessário

Silêncio: o que não dói.

Solidão: sei que não sei suportar.

flores: as que o carinho oferece… as que nos enchem por dentro.

sonhos: os que sonho acordada… os que me acordam.

Cidade: Coimbra

País: Para viver… o meu. Para ver os outros.

Pessoa: a que sou com os que são comigo e a que assim cresce em mim.

Não viver sem: Sonhar, crescer, ser, viver.

Nunca deixar de ser: a realidade que sonho.

Qualidades: perguntem por aí… Talvez entrega… amiga.

Defeitos: Persistência

Gosto:
de sentir.

Não passarei: sem tentar, sem questionar, sem tentar… sem tentar… sem querer ser maior.

Detesto: noites sem estrelas.



(Não foi fácil...)

terça-feira, 20 de maio de 2008

"curta biografia"


Já há uns dias que penso num desafio lançado pela Elsa.

Estas são as regras:

1. Com seis palavras escrever uma "muito curta" biografia ou conceito...
Podemos dar-lhes ênfase com uma imagem.
2. Colocar um link para o/a desafiador/a;
3. Desafiar cinco blogues;


"Talvez esta frase fosse sempre incompleta."




Ao contrário do que é pedido eu não vou nomear cinco pessoas. É difícil escrevermo-nos em muitas palavras, porque parece que falham a meio. Mas em poucas parece que há um eu que não cabe...

Quem quiser... desafie-se.


sábado, 17 de maio de 2008

Felicidade

Hoje apetece-me falar de felicidade.
É um risco escrever assim quando se pensa triste, mas se há algo que tenho aprendido é como é se torna doloroso contrariar e vencer vontades simples.
Às vezes, acho que a felicidade é parte da vida. É a soma de sorrisos, de gestos, de dias inteiros, de partes de dias, de olhares, de sonhos, de promessas… de conversas e monólogos, de surpresas, de vontades, de toques, de conquistas… É o parar porque se nota um cheiro bom e respirar fundo. É reparar num pequeno presente da vida e agradecer-Lhe. É suspirar, é prender a respiração tranquila num mundo de mimos, fechar os olhos e ver o que se imaginou. É acordar, é não adormecer. É todo o conforto de um bocadinho de colo, é (não) saber explicar a saudade… é ser um abraço porque um abraço é nosso… é ser ridículo porque se sente diferente.
Mas há tudo isto triste…
… Mas a felicidade não é ausência de lágrimas, nem de lágrimas tristes, nem de tristeza… nem de sonhos.
A felicidade somos nós. E nós, às vezes, estamos tristes. Somos nós porque nós somos tudo isto, não numa soma aritmética de parcelas, em que se dividem pessoas, sonhos, dias e realidades.
A felicidade somos nós porque somos perfeitos enquanto Vida.


segunda-feira, 12 de maio de 2008

preciso de Ti, Amigo

Sorri.
Diz-me que estás aqui,
Que comigo és feliz,
Que não precisas de fugir,
Que a distância magoa
E o tempo é injusto.
Abraça-me.
Faz desses braços abraços meus,
Ensina o meu sentir,
Contorna os meus gestos,
Abre a mão e acolhe-me.
Sorri ao abraçar-me,
Fica perto.
Preciso sentir o nosso coração.
Fica em mim, comigo.
Preciso de Ti, Amigo.




quinta-feira, 8 de maio de 2008

gostava talvez assim

Gostava de ser tão diferente.
Fico triste logo com esta frase. Lembro aquela outra que diz que para sermos amados precisamos de nos amar primeiro.
Às vezes pergunto a Deus: porquê assim?
Gostava de ser capaz de tornar a vida mais fácil, de ter na memória aquelas “pedra-borracha” que sobre um assunto o fazem esquecer-se de mim.
Gostava de ter sido projecto de engenheiro velho, autor de muitas pontes que me levassem para o outro lado.
Se pudesse ser pintora de mim mesma, arranjava cores que não lembrassem os outros de perguntas difíceis e a minha presença nunca teria tons cinzentos.
Assim, os meus espelhos sorriam e por mim não haveria tristeza.
Gostava talvez de ser eu, assim, só que maior.


terça-feira, 6 de maio de 2008

Um ano

Há um ano por aqui.


Achei que era mais fácil (d)escrever um pouco de nós, mas nunca tinha pensado que fosse tanto o prazer de todos os dias (mesmo os que passam em silêncio) ver este cantinho recolorido. Acredito que se criaram alguns laços... o que me fez acreditar que há algo de nós que permanece para lá da distância e que nos aproxima em palavras sempre lindas. A vossa presença faz-me crescer.

Obrigada.

domingo, 4 de maio de 2008

Mãe... o teu dia...

Mãe, traí-te ao crescer. Às vezes, sinto que não cresci como sonhaste.
Sentias-te mais segura quando me vias adormecer, quando chorava para ouvires. Gostavas dos meus dias a falar e achaste que nunca me faltariam palavras, que a minha vida seria sempre fácil de contar, que os sentimentos teriam as palavras suficientes para tos descrever e que os pensamentos seguiriam os teus.
Mas cresci diferente… Às vezes, sem palavras.
Aprendi com o teu olhar que as minhas preocupações aumentam em ti e torna-se difícil contar-te os dias tristes. Os teus pensamentos guiaram os meus, dando-lhes asas para voar mais alto, e agora não percebes porque há pontos que vejo diferentes.
Porque és mãe, ensinaste-me o amor sem nunca lhe dares nome… querias que o descobrisse em ti. Foi assim que aprendi a misturar as palavras nos gestos, a não baptizar as coisas, mas, com sentimento, dar-lhes vida.
Porque sei que julgas o silêncio como frio de sentir, peço todos os dias a Deus, que a cada gesto meu, te faça acreditar que gosto de ti.


Há dias de muitos dias… Há dias de vidas inteiras… Mas há vidas inteiras sem um dia.
A vida deu-te um dia, porque todos os dias és vida.
O teu dia, Mãe, é HOJE.


sábado, 3 de maio de 2008

apetecia tocar no mundo

Apetecia ir à praia, apanhar com o vento de frente, sentar-me nas rochas e ver pessoas desconhecidas e crianças a brincar.
Apetecia ir àquela varanda onde temos o mundo nas mãos.