quinta-feira, 30 de outubro de 2008

peço-Te

Jesus…, o que se passa?

(risco o canto da folha, dobro a ponta da alma… tenho medo de continuar…)


Não sei o que é isto. Estou triste, mas nem sei se me apetece barafustar contigo. Não é como das outras vezes em que o dia corre mal, desabafo a noite e depois acordas-me com o sol. Não é. Tu sabes que não é.
Já são muitos dias, muitas noites… e eu não percebo. Têm sido tão difíceis… Porquê? Tem de ser assim?
Peço-Te todos os dias e sei que me ouves. Sei também que Te rezo por alguém que amas muito, que (ch)amas como não Te conheci em mais ninguém.
Sei, sabemos, que Te peço, com imenso carinho, que o ajudes. Só quero, queremos, que seja feliz.
Então, Jesus, porquê tanto sofrimento?
Desculpa. Vocês são uma dupla fantástica… a felicidade e o sorriso… todos os dias… de tanta gente.
Ele precisa de Ti.
E eu peço-Te, inteiro, para ele.





Ah… Jesus… e aquelas vozes tristes?
Tu também sabes como para elas é particularmente difícil agora. Olha por elas. Sorri-lhes.


Obrigada.
Obrigada a Ti, Jesus, e a todos vocês, todos, que me ensinam a sentir.

sábado, 25 de outubro de 2008

Crescemos

Há noites que passam em branco, repletas de cor. Algumas são assim… cheias… pelo carinho que sem querer se aperta em preocupação… aquela que as amizades grandes conhecem.
É um amigo.
A pensar nele deixei-me levar pelas horas da melancolia, ou saudade talvez…, sei lá…, qualquer coisa boa.
Pensei em como crescemos.
Recordei as manhãs de Sábado. Ansiosa por ir para a catequese. Ia sempre mais cedo para lhe dar um beijinho. Entrava no cartório e se o ouvia ou via naquela salinha sempre cheia de gente já descia as escadas a correr, sem as ver. Ele pegava-me ao colo. Pronta… já podia ir. Já subia as escadas contente. Tenho a certeza que os olhos já sorriam.
Qualquer desculpa era boa para vir cá baixo. Ou umas folhas que eram precisas, ou uns lápis… ou qualquer coisa que fosse precisa só mesmo numa hipótese muito remota. Sempre era mais uma brincadeira.
Quando acabava, muitas vezes ele já não estava, mas eu vinha com um sorriso enorme. Devem ter sido muitas as vezes que fiz, a caminho de casa, a Venda Nova a saltitar, enquanto “rebobinava” as conversas. Sempre tive esta “mania” de guardar palavras, sorrisos, pedaços de tanto.
Depois foram poucas as vezes que voltei a descer as escadas a correr. Já as contava e aquela salinha já era grande tão vazia. Ele não acredita. Eu acho que compreendo. Diz-se por aí que as crianças esquecem.
E as missas?! Estava atenta. Juro que estava. Ele falava connosco. Mas nunca mais acabavam para correr até ao altar e dar-lhe mais um beijinho. Isto nunca lhe contei… mas gostava de ficar para o fim. Os braços abertos já não tinham mais meninos…
Hoje já não há Sábados. A catequese é dada por todos na vida. E ali já só me sento às vezes nas escadas de fora.
Hoje… HOJE dá-me colo e eu fico feliz.
O tempo corre, mas “arranja-se sempre um bocadinho” que é eternamente especial.
Crescemos… mas ele será sempre maior.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

marcador de vida

Num blog ali ao lado onde aos poucos se vive e partilha - Vida pouco vivida - propuseram a semana passada o tema "alguém que te marcou". Gostava de também aqui o partilhar...


Pus-me a pensar em quem comigo me constrói e vai moldando a vida. Somos muitos a construirmo-nos, a desenharmo-nos… uns riscos mais certos que outros, mas todos fazem parte. E no lado quase mágico da vida, aquele que só o coração percebe em dias em dias bonitos, encontro Deus. Ele é a resposta. Marca-me todos os dias, torna-me sempre mais forte e feliz e oferece-me pessoas lindas, especiais que me pertencem e fazem chorar e sorrir… que me toca, fundo e ensinam a sentir. Ele que nunca conhecerei bem, mas que reconhecerei sempre, é o marcador da Vida.


domingo, 19 de outubro de 2008

Obrigada!

Há dias que recordaremos sempre… e que magicamente se prolongam numa felicidade estranha… entranhada.
Ontem foram muitos os presentes, muitos a lembrarem-se e a pintarem o dia aos poucos. Mas ontem cresceu tanto hoje… Mais presentes e presenças! Pequenos sorrisos, grandes gestos… surpresas lindas… uma falta de palavras fantástica a significar felicidade.




Obrigada!



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

coisas boas

Sabem… gostava que me vissem agora. Vão-me conhecendo. Talvez reconhecessem no meio de muito cansaço uma satisfação grande. E hoje só quero falar disto.
Os dias têm sido cheios… mas vão trazendo coisas boas.
Os desafios têm sido alcançados o que parece até compensar alguma loucura do tempo.
E saber que apenas uns passos menos apressados, um sorriso tirado pelo meio da falta de palavras e outra qualquer coisa simples que nem dei conta de dar “fizeram acreditar quando tudo estava a parecer impossível.”


Ah… fiz um diagnóstico. (soube bem)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Olá...

Olá!
Hoje apetece mesmo começar assim… Olá!
Às vezes (a)parecemos ausentes… é quando o tempo passa sem pedir e parece ultrapassar mais depressa do que o normal.
Os dias têm sido mesmo muito cheios e há sempre algo que fica um pouquinho para trás. Algo… porque não esqueço as pessoas.
E é nestas alturas, sem tempo, que acontece tudo o que nos exige tempo… para nós e para os outros.
Quando vi o horário no início do ano não percebi como era tão cheio… como ia tornar os dias longos e dificultar apre(e)nder todo o resto da vida que corre para além das aulas e que me preenche e faz feliz.
Amigos, mostrava-vos o meu horário, mas prometi a mim mesma só publicar coisas decentes no meu blog (podem rir… faço o mesmo nos saudáveis momentos de insanidade).
A verdade é que apesar de não nos esquecer aqui e por aí… tenho saudades vossas e minhas.
Hei-de descobrir mais uns minutos perdidos pela pressa do tempo para estar mais e melhor connosco.


domingo, 5 de outubro de 2008

A Cátia desafiou-me...

Nasceu no Ticho um desafio. Não é fácil… mas ajuda-nos a conhecermo-nos e a darmo-nos.
Estas são as minhas “respostas”… 42 pequenos pormenores que me (d)escrevem.

6 coisas com que me preocupo?
Família
Amigos
Saúde
Qualidade de vida
Futuro
Vida

6 coisas com que não me preocupo?
Futilidades socialmente correctas
Vida social alheia
Rotinas
O que desconheço desconhecer
Opinião de quem não me conhece
Superstições (bem lembrado
Cátia)

6 coisas que eu gosto?
Sorrir e ver sorrir
Escrever desde a alma (mas às vezes também dói…)
Partilhar
Tocar guitarra
Sentar-me no pouf no fim de um dia enorme e pensar em nada
Olhar o céu
6 coisas que eu não gosto?
Sofrer
Sentir frio ao deitar
Corar
Não ter tempo
Errar e magoar
Esquecer

6 coisas que me fazem sorrir?
Sorrisos
Miminhos
Brincar
Segredos
Surpresas
Aprender(-me)

6 coisas que me entristecem?
Tristeza de quem gosto
Injustiça e indiferença sociais
Não poder ser solução
Saudade
Ausência
Silêncio vazio

6 coisas que me definem?
Dedicação
Persistência
Entrega
Olhar transparente
(Querer) Acreditar
Pensar e sentir muito
Agora falta desafiar 6 pessoas que sinto especiais:

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

voa agora...

O que vêem os olhos que já não nos olham aqui? Como brilham? Como sabemos se ainda sorriem por nos ver?
Lembro-me bem do brilho daqueles olhos grandes… negros. E até de como sorriram, mesmo já tão doentes por, melhor que eu, sentirem a realidade quase no final. Mas nem assim esconderam a esperança… e eu quis acreditar que as forças chegariam.
Aprendi que a vida deixa de estar nas nossas mãos quando a jogamos para lá dos nossos limites… mas que nem assim deixa de nos pertencer.
Lembrar-me-ei sempre de ti.