quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

uma senhora… linda

Um dia vi ao longe uma senhora… linda! O meu olhar atravessou mais de mil pessoas até a ver, mas no dela descobri um brilho diferente. Partilhava orgulhosamente o filho. Sabia-o triste, de coração dilatado, mas não acomodado, e tornou a sua presença em força. Sentia-se.
Um dia, no dia da mãe, ele escreveu sobre ela. Lembro-me de ter chorado ao lê-lo(s). Deviam todos ter lido. Ele dizia que as mães dos padres eram especiais… e (d)escreveu a dele tão bonita. Chamou-lhe sentidamente MÃE. Juro, lia-se AMOR. Ouvi-o também contar algumas histórias… e a voz muda.
Foi assim que a conheci e só assim me cativou.
Já antes tinha falado dela a Deus, mas foi nesse dia, no dia em que a vi, que mais forte a agradeci a Deus. Aquele olhar… aquela força… o coração… a família… são dons de Deus.
Esta senhora, que nunca me viu, que sem saber me fez sorrir tantas vezes e que é uma razão tão forte do que sou e Acredito, hoje precisa muito de mim… de ti… de nós! Precisa do sorriso de Deus.
Meu Deus, pedi-Te tantas vezes que me ensinasses a rezar melhor para que mais dentro me ouvisses, hoje falo-Te com o mais sincero que sinto.

Sê, Senhor, a força que sempre Te reconheceu.
Senhor, sente todo o amor e vida(s) dedicados e espelha-os no Teu sorriso, na Tua presença Viva.
Olha a família, abraça-a e descobre-Te na Fé mesmo que aparentemente ténue.
Hoje, Deus bom, aceita todas as lágrimas como luta e converge-as para o (a)braço que desemboca na felicidade.
Amanhã, opera Tu, com a Tua superior ciência, sapiência e toque divino.
HOJE, meu Deus, nosso Deus, Senhor de todas as coisas, atende as nossas orações.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Meu Deus...


Meu Deus, dá-me a graça de ser forte como Tu e o dom da união de pessoas tão diferentes, para que não me falte a coragem de lutar pelos nossos ideais.
Inunda-me, Senhor, do Teu jeito único de Amar, da capacidade de entrega incondicional, mesmo às ca(u)sas perdidas, e da superação (in)consciente dos meus limites tão humanamente moldados.
Torna-me, meu doce Deus-menino, mais simples, mais bonita, de coração limpo e alma grande. ... Perfilha-me pelo jeito de ser.
Fortalece-me na Fé e, por favor, ama-me mesmo que nem de tudo seja capaz.
Completa-me contigo para Te levar e dar comigo.



domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mundo(s)

Era manhã… muito cedo. Eu ainda estava acordada. Tentava esticar a palma da alma para que nenhum pedaço do mundo só meu caísse. Eis que outro mundo acorda já quase a rebentar. Lá se foi o cálculo da destreza da atenção e da racionalização do sono. Por momentos parece que deixei de ter aquele mundo só meu. O que tinha estava exaltado e a desfazer-se. Não é episódio novo. Parece quase um eclipse solar. Deixa de haver luz. As palavras saem do escuro, tantas sem razão. Não olham a alvos. Disparam em todas as direcções. Tudo e todos são alvos. Desculpa: só esta não existe. Nunca. Aprendo que posso esperar tudo menos (uma): desculpa. Posso esperar e prepara-me… não faltará muito para voltar a explodir. Posso esperar de todos o “quase-silêncio”. A partir de agora, outra vez, tudo continuará igual: a mudar. Há quem volte a voltar sempre menos, há quem vá sair para respirar, os que ficam porque faz parte e em mim cresce a vontade de crescer. Não me interessa se tudo isto teoricamente faz parte… Não sonhei assim e estou triste.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

... e eu não quero

Tento escrever as voltas da vida, mas acabo por descrever-me às voltas com a vida... e eu não quero.
Tento descrever viagens mas todas chegam ao(s) meu(s) destino(s)... e eu não quero.
Posso até tenatr ser autora de novas histórias, mas acabaria personagem... e eu não quero.
... Encontrar-me-ia perdida e eu não quero.



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

na palma da mão

Queria ter aqui mais e novas palavras... Andei com as folhas para que as soltassem da alma, mas todas continuam em branco. Procurei então uma imagem que despertasse a inspiração. Parei nesta...







... e achei que já não precisava de palavras.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

sem coragem

Às vezes gostava de ser capaz de dizer, mesmo que baixinho: desisto. Mas tenho tanta coisa que não tenho coragem.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Tu sabes...

Meu Deus, vais amparando as lágrimas no peito, conheces o lado de dentro de cada uma, ajuda-me.
Não Te peço para não chorar… há tristezas que não se disfarçam… peço-Te que me ajudes a sentir melhor.
Não quero mudar o que sinto… é bonito, cresce bonito e sei que não mudará… quero apenas que me acalmes no silêncio. Talvez seja disfarçar, calar o que (en)canta, mas fá-lo se for melhor.
Bem sabes, Jesus, nunca fui boa nestas coisas de pedir e expor-me, mas o mais importante não sou eu nem a minha falta de jeito, é o que o coração Te diz meio perdido na falta de palavras.
Apesar dos olhos tristes não sou eu quem mais precisa. Peço-Te inteiro não para mim… Tu sabes… para quem Tu amas de verdade. Diz-lhe Tu o que eu não sei mostrar melhor para que não duvide. Não Te esqueças de lhe dar sempre um abraço e um beijinho, da mão estendida e dos dedos entrelaçados… de estar sempre… de tornar real cada sonho e sonhar mais. Lembra-Te de como é especial e precisa de Ti. Dá-lhe o que Te peço (o que escrevi e tudo o que as noites e dias inteiros lembram) e que prometes a sorrir.
Se puderes, dá-me contigo.





E agora paro… limpo o que no fundo da alma desfoca as letras… e sinto-Te sorrir. Nada de novo, não é, Jesus? Não disse nada de novo… Eu sei. É sempre assim. Mas tiras a razão a estas coisas de sentir e eu balanço.

Obrigada!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Olá 'vô

Olá ‘vô. Era sempre assim que o cumprimentava quando chegava antes de lhe dar os beijinhos.
Nunca falei disto… mas, sabe, tenho saudades suas. Já são tantas. Tantos anos já passaram… ainda nem andava no secundário. E este tempo não passa assim tão a correr.
Vou percebendo como há coisas que não se repetem.
Era tão bom ir para lá… Não gostava das curvas do caminho, chegava sempre mal disposta… mas uns minutos bastavam para passar. Estava sempre bem disposto. Não gostava do mundo lá fora mas estava sempre bem disposto.
Lembro os momentos cá fora sentados no passeio. Da última vez que me sentei lá… não fui capaz de o fazer no mesmo sítio… E já passou tanto tempo.
Fazíamos asneiras. Consigo aprendi a atirar pedrinhas com uma fisga…
Tenho saudades até do pão com chouriço… Voltei há uns dias a comer… pedi à minha mãe para arranjar (não era só mimo… não quis ser eu a fazer) e não é igual. Era sempre o que comia e para os seus almoços não faltava a fome… Se faltasse só o cheirinho inventava-a. Nunca contou os segredos. O bacalhau, os rissóis (eram sempre os melhores rissóis das visitas de estudo), as batatas fritas nas panelas de ferro, a aletria que todos tentam e ninguém consegue… Tantas coisas, ‘vô.
Aquele banquinho à lareira que todos queríamos quando por momentos se levantava… agora está vazio… sempre.




Nunca o chamei padrinho… Os meus irmãos chamavam-lhe avô e eu habituei-me assim. Mas um dia riu-se… não consegui abrir a porta do barracão e aí bem que berrei “padrinho”.
Olhe… estudo em Coimbra. Percebo agora porque falava dos seus tempos aqui. Tem encanto mesmo. Estamos todos iguais. Eu e os meus irmãos… tal como antes. Continuamos com as nossas diferenças. Mas estamos lindos. Continuamos a fazer asneiras, às vezes outras, outras vezes as mesmas… Acho que temos todos um bocadinho de si. O feitio, a alegria, o jeito… Sei lá… A avó vai andando. Não tem um feitio fácil, já o avô dizia… Mas tenho a certeza que tem saudades suas. Está bem. A minha mãe e a minha tia estão bem também. A minha mãe está quase a reformar-se e a Eduarda anda às voltas com os papéis e reuniões dos professores. Nem vale a pena dizer mais… Já deve ter “gozado” com a situação mil vezes. Os seus genros (os seus queridos genros) continuam a falar de si com admiração. Cada um ao seu jeito… diferente, mas lindo. Os pequeninos… já estão grandes. A Diana está linda! Cresceu tanto. Até já manda daquelas bocas giras e disfarça. O Bernardo já não é mais bebé pachorrento. Só faz asneiras. Mas é tão meigo quanto estarola. “É um bom puto”, diz muita gente. É fácil gostar-se dele. E há o Rodrigo. É mais pequenino… que já não é assim tão pequeno. É giro. Consegue tudo o quer com aquele olhar e jeito de amuar. É simpático. Também faz a sua boa parte de asneiras. ... O que estou a fazer? Conhece-nos a todos.
Oh ‘vô, acho que até os jornalistas têm saudades suas… Despedia-se sempre quando davam por terminado o telejornal.
Olhe… estou a olhar para a lareira aqui de Coimbra, já não sei se choro se sorrio… acho que só queria dizer-lhe aquilo que em criança disse sem palavras: Gosto de si.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

queria escrever o mundo

Queria escrever o mundo, mas desfaz-se em pedaços e cola-se repetidamente cá dentro como se tudo dependesse apenas do que sinto.