quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Gaivotas de sonho(s)

Sentei-me, parei..., deixei o sol beijar a alma, e o sentir escreveu-se assim...



Pairam as gaivotas sobre a ria
Numa dança de admirar,
Falam como quem canta
Livres do medo de desafinar...
Com(o) elas voa o meu sonho
Alto, a flutuar sobre a ria,
Neste recanto que encanta...,
Paira livre, leve, solto...,
Neste grito sem medo,
Neste silêncio, em segredo,
Voa... Voo...
Vou no sonho de sonhar
Continuar feliz só por amar.






Ni

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Obviamente, "Cão"!

Entrou a chorar. Compreendi depois de duas vacinas. Vinha de mão dada com o mimo da mãe e ao colo trazia a amizade incondicional do seu cão. Era um peluche..., mas só eu é que via assim.
Perguntei àquele menino como se chamava aquele inseparável amigo, que secava as lágrimas, segurava a chupeta e limpava o nariz. Obviamente, "Cão"!
O "Cão" consolou o menino, enquanto eu disfarçava o inevitável seguir da consulta, com as primeiras perguntas. ... Mas o pegar no estetoscópio ameaçou uma tempestade de lágrimas e gritos que a mãe disse conhecer.
Pois bem, o "Cão" passou a ser também o meu melhor amigo. Auscultei o "Cão" (e o "Ruca" da camisola), vi-lhe os ouvidos e garganta, fiz-lhe "cócegas na barriga"... Enfim, sorte a minha em o "Cão" não se queixar. Consegui, nesta espécie de duas consultas, que aquele menino pela primeira vez não chorasse.
No fim, antes de sair a correr com as suas sapatilhas do "Faísca Mcqueen", consegui que os dois me dissessem adeus e até um beijinho, primeiro, claro, do "Cão" e só depois do pequenino.





Ni

domingo, 20 de janeiro de 2013

Estou a aprender a amar...

Aprendo cada dia a sentir
Que o tempo passa como eterna novidade
E que leva e traz a saudade
Sem dar espaço à razão para existir...

Aprendo que o coração sente a distância
Como a dor intratável da ausência
Do olhar que não se vê,
Da voz que não se ouve,
Da pele que não se toca,
Do abraço que não se troca...,
Do silêncio (en)cantado
Em cada sorriso partilhado.

Aprendo que tenho de aprender
Que nunca mais que isto vou perceber...
E que basta, feliz, aceitar
Que estou a aprender a amar.





Ni

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Cores da imaginação

De olhos fixos no nada
Roubo à luz apagada
Todas as cores da imaginação:
O vermelho-rosa apaixonado do coração...,
O azul-cinzento do céu a pintar o mar...,
O amarelo-laranja do sol a brilhar...,
O lilás-anilado do passarinho que voa e dança...,
O castanho-verde dos montes de esperança...
E é neste branco escuro que pinto
Tudo quanto sinto
Simplesmente Amor...





Ni

domingo, 6 de janeiro de 2013

O tempo anda sempre ao contrário...

O tempo anda sempre ao contrário...
Nunca dança ao som do bater do coração...
Soubesse ao menos ser como a razão:
Calcular cada segundo vazio,
Conhecendo a dor deste frio,
E invertendo o triste resultado
Com grandeza do presente passado
E elevar cada sorriso à eternidade
Sendo a base da potência a felicidade,
Quando o tempo passa sem pedir
Ébrio pelo prazer de sentir
Todo o tempo que é Amor.






Ni