segunda-feira, 30 de julho de 2007

"Querer sonhar"

A vida é cheia de limites, que se erguem como barreiras enormes...

Mas não há barreiras para o sonho.

Qual o sentido da vida sem um grande sonho?

quarta-feira, 25 de julho de 2007

...férias!

No quarto já não há dossier's empilhados com livros no topo.
O sol já queima o pulso sem relógio...
Cada um vai para seu lado, de certo todos longe, pelo menos da euforia e preocupação.
Mas ainda penso...
De uns quase não notarei diferença, afinal, os nossos lugares sempre foram distintos... já outros farão de dias um longo período de uma história.

Pseudo, mas férias!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Palavras...

Palavras que (não) surgem… que berram em silêncio e se confundem umas nas outras… sem conseguirem ser uma só. Não têm como. São muitas.
Não se substituem, aumentam-se reciprocamente, (inter)calam-se entre sorrisos e lágrimas que se secam depressa para não escorregarem dos olhos, entre vírgulas para pensar e pontos finais para respirar, acalmar… talvez parar.
Palavras que dão voz a sentimentos calados, sufocados… e asas a quem não voa.
Palavras que me envolvem, apertam… e me deixam ficar... assim…

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Simples coisas

Há dias em que sentimos o valor de simples coisas...
Hoje, tímido, mas bonito... Um sorriso... Disfarçado entre desilusões, mas seguro por quem está bem perto... por quem tem em mim um cantinho guardado. Obrigada!

(
Rita obrigada pela paciência.)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

... talvez só ouvir.

Fui ao sítio onde nos encontramos "mais a sério"... Precisava de falar, talvez só ouvir.
A conversa já tinha começado... Esperei que acabasse, queria que a nossa fosse especial... Só nossa.
Sentei-me onde demos os primeiros passos juntos. Tanto me passou pela cabeça e os olhos acompanhavam. Estava "perdida no mundo".
Entretanto aquela outra conversa terminou, dei tempo para todos os agradecimentos, os últimos rescaldos do dia.
Era a minha hora.
Fecharam as portas. Não me deixaram entrar.
Voltei um pouco ao lugar de onde tinha saído, podia ser que me visses e parasses. O degrau chegava para nós...
Sei que me (ou)viste, mas não falaste e se riste foi baixinho...
Também pareces ter agenda...


Este foi o resultado de quem pega numa folha depois de "uma volta para apanhar ar"...
Agora sinto-me profundamente egoísta... Desculpa!

domingo, 15 de julho de 2007

Mundos de Vida

Acordar com a impaciência de dedos na campainha. Sem tempo para reagir... A cama ficou cheia de brinquedos, jogos, crianças aos pulos... Sentei-me, tinha de ocupar pouco espaço... já era tudo deles.
Corriam de bracitos abertos, acomodavam-se no colo e cruzávamo-nos numa tranquilidade, cumplicidade... Os nossos rostos conheciam-se sem nos vermos, estávamos a sorrir...

Não era preciso dizer nada, mas mimos sabem bem, eles gostam (e nós também...). Eram poucas e simples as palavras, enquanto o abraço se apertava mais um bocadinho.
A regra, não planeada, é aproveitar cada momento... e aquele já tinha passado. Era hora de brincar, outra vez...
Quando apetecesse mais um colinho, um outro sorriso, um olhar diferente, voltavam, sem pedir, sem avisar... porque também o coração deles tinha batido mais forte sem antes prevenir.

Eles são um mundo à descoberta da vida...

É sentada de novo na cama que revivo tudo isto. Veio-me à "cabeça" um vídeo que recebi há muito (leia-se muuuito) tempo atrás... Já há algum (também bastante) que o voltei a procurar... Hoje quis partilhar-lho aqui, porque o meu coração cresceu e sentiu um aperto... daqueles bons.

sábado, 14 de julho de 2007

Eternos instantes...

Tinha pensado como agradecer a companhia dos números… do relógio.
Há noites que não me abandonam… São a luz do quarto, porque nem a lua tem estado ao alcance da janela. Admirava a sua cumplicidade… Partilham entre si minutos inteiros e, porque as noites são longas, vão-se revezando, voltando tantas vezes, para ver se tudo está como deixaram. Iam-me prevenindo, que no dia seguinte continuavam ali e que, quando olhasse para lá tudo ia parecer na mesma… De dia iria irritar-me com eles, perguntar-lhes porque só agora não rodavam, porque fazem questão de marcar horas a fio quando nada mais se vê e que, quando mais queria que o tempo passasse, que o dia terminasse e o cansaço vencesse eles iriam estar radiantes, a rir-se, a sentir o poder de controlar sentimentos, vontades… a saber que aquela imagem de números parados ficaria como uma fotografia para a eternidade… Afinal, naquele(s) momento(s) eles eram a linha do horizonte, próxima é certo, mas real.
Parava, pensava como é triste ser dominada por algo rítmico, às vezes, oposto à euforia da vida…
A realidade presente voltava… até era bom que o tempo demorasse a passar… ainda havia muito trabalho pela frente… e amanha tudo seria igual… Os números, a angústia, o cansaço, a tristeza, os sorrisos, a luta, as “pequenas” alegrias e os eternos instantes…

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Katie Melua - I Cried for you

Às vezes somos contemplados com estas coisas...

Obrigada!


You're beautiful so silently
It lies beneath a shade of blue
It struck me so violently
When I looked at you

But others pass, the never pause,
To feel that magic in your hand
To me you're like a wild rose
They never understand why

I cried for you
When the sky cried for you
And when you went
I became a hopeless drifter
But this life was not for you
Though I learned from you,
That beauty need only be a whisper

I'll cross the sea for a different world,
With your treasure, a secret for me to hold

In many years they may forget
This love of ours or that we met,
They may not know
how much you meant to me.

I cried for you
And the sky cried for you,
And when you went
I became a hopeless drifter.
But this life was not for you,
Though I learned from you,
That beauty need only be a whisper

Without you now I see,
How fragile the world can be
And I know you've gone away
But in my heart you'll always stay.

I cried for you
And the sky cried for you,
And when you went
I became a hopeless drifter.
But this life was not for you,
Though I learned from you,
That beauty need only be a whisper
That beauty need only be a whisper

terça-feira, 10 de julho de 2007

Tudo...e nada passa.

Um dia disseram-me: "Tudo passa".
Quis acreditar que era verdade. Hoje, sei que era ilusão.
O tempo atenua, ensina a controlar manifestações, molda-nos à(s) realidade(s) que ele solidifica, mas não leva nada do que um dia nos deu.
Na verdade, nada passa. Tudo fica. Nós é que passamos pelas coisas, mais ou menos ansiosos que acabem, recomecem ou, simplesmente, mudem (talvez não muito).
Vamos guardando cada uma delas onde o tempo permite e nós nos conseguimos acomodar.
No corpo ficam marcas, cansaço... na alma recordações e no coração, num fundo estranho por tantas vezes ser superfície, ficam as pessoas com sorrisos e/ou lágrimas agarradas.
Confundem-me as diferentes marcas, quando os momentos passados são os mesmos... e o fundo do coração, só se conhece o nosso.
Há momentos em que acho que dói sentir escorregar entre os dedos aquilo que um dia pensei estar nas minhas mãos.
Sorrio, quando percebo que meu é apenas o que guardo e que nunca vou querer esquecer, nem entregar ao tempo... que passa.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Estranho

Apetece-me escrever, mas as letras trocam de sítio. Procuro-as e voltam a fugir.
As palavras atropelam-se a pedir: "Escreve-me..."
Perdi-me.

terça-feira, 3 de julho de 2007

... como se nada soubesse

Pego na guitarra, soltam-se notas numa estranha harmonia.
Não é música, não tem ritmo e as pausas tocadas não respeitam o tempo... nem o silêncio.
Alguém se junta a esta descontrolada vontade de falar... (cantar... parece mais bonito)
As vozes tremem e o barulho que (não) incomoda continua a ser apenas o da guitarra. A letra fica entre olhares perdidos, que se desviam para tentar não mostrar mais nada do muito que têm esperança de não ter dito.
Partem-se cordas, (des)arruma-se a guitarra, que adormece como se nada soubesse.
Talvez as guitarras também sintam... e disfarcem... para que no outro dia a música pareça outra.