domingo, 28 de julho de 2013

Sonho para que (não) adormeça

Tenho um sonho para adormecer
Para que não doa por não acontecer...
Mas dói só de tentar
E eu não sei deixar de sonhar.

É um sonho que silencio
Quando choro e sorrio...
É o sonho de uma vida
Nunca antes pensada e sentida.

Sonho para que não adormeça
O sonho que talvez nunca aconteça...
Sonho porque não sei não sonhar
O sonho que sonho a cada acordar.






Ni

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Felicidade que se entranha

Sinto-me estranha...
É a felicidade que se entranha...
Respira em cada poro do meu ser...
Vive em mim e promete não morrer.

Não sei se é verdade ou se mente...
Sei que o meu coração sorri e sente
A suave e doce textura
Do sentimento que se apura...

É Amor.
Sem tamanho é cada vez maior...
E preenche-me sem me ocupar...
É a certeza de amar.






Ni

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dançam como sentem

As palavras dançam...
Como só elas sabem fazer...
Fazem da alma o chão
Onde se inscrevem sem escrever.
Gritam sussurros de dor,
Encantam com cantos de amor...
Choram e (sor)riem
Como se a vida fosse a história
Que dançam como sentem
Com a tristeza e a alegria
Carregada em todos os passos,
Entrelaçada entre abraços
Onde não precisam de existir
Porque o silêncio faz sentir
Que afinal não sussurra a dor...,
Que apenas encanta o Amor.






Ni

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Desculpa... e Obrigada!

Olha... vou percebendo que não sei rezar Contigo como os outros.
Falo Contigo em qualquer lado, em silêncio, nas perguntas, nos gestos, nas pessoas... e gosto de Te ter perto.
Confesso, não conheço o deus lá do alto, longe, onde ninguém chega e de onde não sai. Aquele deus distante e frio.
A Ti eu reconheço num abraço, nas conversas, no bater do coração.
E eu sei que não Te importas que não Te reze, quando assim sinto, de mãos estendidas, abertas, calculada e simetricamente unidas, de olhos fixos talvez em nada e a pensar em como estou sentada, ajoelhada e no que estou a fazer. Gosto de sentir, de Te sentir, mesmo que isso seja sentada, pernas cruzadas, mãos a gesticular, olhos fechados, a sorrir ou a chorar, num qualquer espaço que por ser meu e Teu é nosso.
Desculpa quando não sou capaz de ser mais ao Teu jeito, porque me chateio e resmungo, porque me irrito e reclamo, porque tento, teimosamente, sem desistir daquilo em que Acredito.
Obrigada...
Obrigada pela Tua presença serena e inquietante.
...
Obrigada por cada oportunidade de ser feliz.
Obrigada...
Simplesmente por tudo o que És... Obrigada...!





Ni

domingo, 7 de julho de 2013

(D)escrever(-me)...


Tento (d)escrever-me...,
Como faço com o amor,
Mas não consigo encontrar cor
Nem vontade para o fazer...

Quase tudo é escuro...,
Desfocado como o futuro...,
Frio como o pensamento,
(E)Levado ao limite da razão...
Resta só o coração
A alimentar o sentimento
Que voa, sorri e sente
E quase não me pertence.

De que vale então (d)escrever
O que sou quase sem ser?
...






Ni