segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Deus super-herói


Fui à missa. Até ajudei na animação da celebração. Toquei guitarra e acho que não me enganei vez nenhuma. Acho... Não garanto. Não me lembro. Fui à missa, mas não ouvi nada... Não sei quais foram as leituras, não sei o que disse o padre. Não sei...! Estava a pensar que às vezes, tantas vezes..., não pertenço ali..., não sou (aquela) Igreja.
Pensava sozinha... julgava eu.
Pensava que o Deus em que acredito (e que acredita em mim?) não é um deus que castiga, que espera promessas em troca de favores, que impõe regras e frases feitas... O Deus em que acredito (e que acredita em mim?) é diferente. Não espera que erre, mas se errar Ele perdoa. Não espera promessas, mas vive em gestos concretos e sorrisos fáceis. Não me dita o que dizer, mas ensina-me a sentir... e a pensar!
Pensava no Deus todo poderoso, a quem tantas vezes imagino, como criança, com uma capa de super-herói..., a correr de Vida em Vida, a tocar momentos, a salvar o Amor eterno.
Pensava e percebi este Deus todo poderoso naquele olhar que cativa, nos braços abertos que acolhem, na ternura do tocar, na subtileza de pertencer, no perdão irracional, no ser sem impor, no Amor desmedido e incondicional.
Pensava que todo o poder da fé é acreditar e ser feliz nesta história do Deus super-herói, com ou sem capa, em que todos somos personagens principais.







Ni