terça-feira, 28 de agosto de 2007

Aproxima-se Setembro

Já lá vai o tempo em que estes eram os dias de escolher cadernos, sentir prazer no cheiro dos livros por estrear, rechear o estojo, preparar a mochila, ansiar o reencontro com os colegas e da expectativa de conhecer os novos elementos da turma.
Turma... (rio...) Já não há disso... Foi com o prazer de ver chegar Setembro.
Agora é mês de acabar um ano às portas de outro.
Estas serão semanas de muita pressão e que parecem não respeitar "aqueles" dias de 24horas.
Vou andando levemente por aí... Talvez pouco (muito pouco...) por aqui.
Obrigada.

domingo, 26 de agosto de 2007

Como?

Como é ridículo ter a felicidade em nós… ser felicidade… e não dar por isso… Não discernir que ser feliz não é característica nem carácter… Que, afinal, ser feliz não é intrínseco de quem vive.
Como é que nunca se pensa assim enquanto se é feliz?
A felicidade não ocupa espaço nem tempo… Transforma-se em tudo isto sem esforço. E, sem chamar a razão, faz crer que vai ficar…
Enquanto existe, é protagonista de silêncios de sorrisos, de momentos, de instantes… seguidos… muitos…. Não diz o nome, não se apresenta de outra forma sem ser aliada à, igualmente discreta, tranquilidade.
Mas… quando o tempo dela(s) acaba, acaba também a capacidade de viver sem ir ao fundo de nós… de viver sem constatar o espaço vazio e o tempo antes fácil de passar.
É, quando se percebe tudo isto, quando o sentir não se mostra em rostos de felicidade, que se exige o talento de habitução à triste marcada ausência de ser e, mesmo assim, ser feliz.

sábado, 25 de agosto de 2007

"Deixa"

Hoje, enquanto procurava uma letra de uma outra música, esta apareceu tímida no monitor...

"Deixa
Fale quem quiser falar, meu bem
Deixa
Deixe o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente deixa, deixa, deixa, deixa
Ninguém vive mais do que uma vez
Deixa
Diz que sim pra não dizer talvez
Deixa
paixão também existe
Deixa
Não me deixe ficar triste"
(Baden Powell)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Contradições

Mudar sem ser diferente... como quem pede aos sentidos que mostrem, selectivamente, o que (não) sentem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

(I)limitadamente...

Num tempo sem tempo definido, em que o espaço, cheio de vazio, transborda de barulhos imperceptíveis, descubro o conhecido tempo inexistente... ouço os profundos ausentes ruídos que chegam daquele estranho espaço, cuja distância ninguém conhece, mas que todos, um dia, chamam Longe.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Trocas

Esta noite troquei as folhas ao meu lado.... Escondi as que tudo dizem e deixei que as folhas em branco me apresentassem.

Troquei o sono por sentir... olhei, sorri... escrevi-me...

sábado, 18 de agosto de 2007

Deixa-te ficar na minha casa

Tenho livros e papéis espalhados pelo chão.
A poeira duma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido.


Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ris
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Mmmmmm Que me deixa mais feliz.


Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...


Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.
Mmmmmmm Afinal, eternamente.




Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

(Filarmónica Gil)



sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Hoje...

Hoje só quero falar, mas não sei o que aconteceu às palavras…
Hoje só quero olhar, mas vejo melhor de olhos fechados…
Hoje só quero sentir, mas…
Hoje só quero ser.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

(Um) Palco da vida

Inadvertido. Ousado. Impertinente. Ensurdecedor… silêncio.
Chegas de rompante, não pedes licença e ocupas todo o espaço e tempo… Captas a atenção de todos por tão profunda manifestação. Gritas!
Não te importas por quem falava, por quem ouvia. Não olhas para quem chega, não a obrigas a sair, nem a impedes de se instalar.


Porque o farias?
Afinal, ela é agora a tua mais fiel ouvinte.


Já apaguei as luzes, fechei o pano… Mas, uniste-te à solidão e não partes.
O que esperas? Palmas?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Riqueza incomparável

Quero voltar a ser rica. Ter em mim aquela felicidade simples... Aquela fortuna inigualável de sentidos e sentimentos.
Bastam-me os momentos em que um abraço nos completa.
Se não for a mim, que seja à alma... é ela quem mais precisa.

sábado, 11 de agosto de 2007

Projecto de mim...

Queria ser alguém que eu pudesse desenhar,
Moldar cada traço e corrigi-lo sempre que imperfeito.
Sem arestas que marcassem pontos fracos
Ou magoassem outros escultores.

Ganhar forma e crescer.
Ter corpo...
Ser alma.

Poder olhar sem ninguém ver.
Ter troféus de sorrisos...
Ser em mim silêncio.

Gostava de ter no fundo um lugar de descanso...
Um ponto de encontro.
Descobrir materiais que me suportassem
E admirar a borracha que passa...
Que apaga tudo isto.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Tanto...

Há sonhos que se esvaziam em instantes... momentos que parecem carregar em ombros queimados do sol...


Tanto... de quase tudo... outra vez.

"Breathe Me"

Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame


Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me


Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe


Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
(Sia Furler)



quinta-feira, 9 de agosto de 2007

"Caloirinho"...

... a racionalidade, a tristeza... não deixam perceber nem achar justo, mas sei que também ouvias "Só Deus tem os que mais ama...".

... Coimbra é nossa e há-de ser!

domingo, 5 de agosto de 2007

De férias…

... Achei que era tempo de contemplar o céu, olhar as estrelas, procurar todos os segredos que escondem e poder dar à alma esse/ este tempo de descanso. Mas, todos, aqui ou lá longe, olhamos o mesmo céu, onde brilho das estrelas apenas depende dos olhos com que as olhamos.
Perco-me em noites que tudo (a)parece escuro e o brilho desfocado e tento encontrar-me naquelas em que a beleza do céu me esmaga. Então, percebo que os olhos têm palco na alma e que, apesar de esta ser um espaço nosso, não consigo controlar o que vejo, porque lá se confundem sentimentos e sonhos…