segunda-feira, 29 de setembro de 2008

voltas estreitas

A vida tem voltas estreitas… algumas tão mal sinalizadas.



Custa saber que na viagem da vida trazemos muita gente, mas que é sozinho que estas voltas se têm que dar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

(sem) palavras

Não sei o que é esta falta de palavras. Vai para além da falta de tempo. Não é vazio. São muitas e estão em mim emaranhadas no sentir. Vejo-as lá, lá dentro, onde passam quase despercebidas, pequeninas, junto a cada sentimento.


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Quero tanto...

Às vezes fico triste. Não por mim, mas por eles. Aqueles que são só ciência e se esquecem de ser gente.
Há gente grande com quem não quero aprender. Não quero desaprender a ser.
Ser o que o precisam de nós é saber muitas coisas, muitas ciências e razões, mas é também saber ser… saber sentir e saber tentar sentir.
Não quero (des)aprender.
Quero tanto…



domingo, 14 de setembro de 2008

sonhar pintar o futuro


Passei dias à espera que os dias passassem e noites à espera que os dias chegassem. Os dias não passavam mas iam chegando devagar… e eu aprendi a esperar enquanto sonhava e a sonhar sem ter de esperar… por outros dias.
Aprendi que se pintarmos de sonhos uma parte do presente, o futuro terá como passado uma tela com cores e riscos que desenham sorrisos… por valer a pena.


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Regresso

De volta… Tão diferente. Cheia de tanto. Uma mistura de sentimentos do tamanho do mundo que solta a alma por aí. E a alma é só uma parte de mim que voa… comigo. O coração, preso às asas do pensamento e da lembrança, amarrado ao prazer de sentir, acompanha-a nas viagens que o carinho lhe oferece.
É bom o quarto… o céu logo ali na janela, as fotos, a primeira gaveta da mesinha de cabeceira.
Coimbra!
Aulas, sempre a aumentar, a espalharem-se pelo dia inteiro. E de novo, aquele ambiente quente, os elevadores cheios de gente… os corredores que parecem fechar-se a alguns quartos de silêncio perturbante, mas que se abrem para todos num (des)conhecimento fascinante.
Ontem, quando entrei naquele mundo, embora ligeiramente atrasada (mas ainda no quarto de hora académico), parei a respirá-lo. Ali, lugar onde quase todos passam, onde o dia começa e acaba, onde os corações se apertam e a esperança, às vezes, (não) volta, há a capela mais triste e cheia de fé que conheço.
Um ano de escolhas difíceis, por serem únicas e marcarem para sempre.
Faz parte.
Gosto disto!


domingo, 7 de setembro de 2008

Uma flor

Há flores que enchem a noite de cor... e a alma de perfume.

São especiais os corações de onde nascem.




Obrigada.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

rezo-Te por ele

Pai nosso, que encontraste no coração do meu amigo, Teu filho amado, um lugar lindo para ser mundo, cuida dele.
Oro-Te ciente que não é em vão. Já conheço o silêncio do Teu sorriso e, por ele, com ele, sorris feliz. E sei que até orgulhoso. Às vezes, o orgulho não é feio.
Meu Deus, conheci-Te Amigo por ele, e hoje é por ele que Te peço: pega-lhe ao colo, aconchega-o na Tua imensa ternura.
Ele precisa de mim, mas precisa mais de Ti e juntos somos muito mais. Contigo chego mais longe… mais perto do coração enorme que ele tem… recanto da verdadeira humanidade de onde nasces a cada palavra.
Sei, meu Deus bom, que hoje é sempre. Mas particularmente nesta caminhada em chão mais difícil de caminhar, abraça-o com especial atenção.
HOJE, rezo-Te por ele.

Obrigada.


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sou destas coisas...

"Não sei se és destas coisas...mas eu gostava muito de te oferecer um award como gesto de amizade e de admiração pela tua sensibilidade e modo de escrita." - este foi um comentário da Kleine Hexe.


Às vezes não há palavras. Claro que sou destas coisas... estas coisas que são mimos fazem bem. Tocam no coração e na alma e descobrem sorrisos.


Obrigada! Há gestos que não nos cabem nas mãos quando as esticamos para agradecer...




Assim, aqui, os dias tristes são diferentes... mais felizes. Têm o brilho das vossas palavras.




quarta-feira, 3 de setembro de 2008

continuarei a acreditar

Não vou sequer tentar disfarçar… Estou triste. Mesmo triste. Talvez passe um dia. Hoje preciso de chorar. Libertar qualquer coisa. Já não sei se preciso de falar e/ou escrever. Preciso de mandar esta coisa que desassossega para o fim do mundo que não conheço.
Devo ter perdido a expressão do carinho.
Tentei tudo, é verdade, às vezes sem grandes palavras e com gestos toscos, mas foi com um carinho enorme. Tentei até não chorar. Achei que com essa força poderia ser maior. Não é verdade.
O nosso coração não constrói as atitudes com etiquetas e talvez seja por isso que não são percebidas como são soltas. Percebo que o erro do coração é não resistir à preocupação e achar que bate sempre certo mesmo quando luta contra ele e o sistema nervoso. O que é que interessa? Erra e pronto.
A distância das palavras, que aumenta à medida que estas diminuem, de forma talvez não calculada mas inversamente proporcional, torna nítido tudo isto. O silêncio puxa o pano branco de uma placa inscrita pelo passado recente. Tento desvendar os sinais. A alma lê “Ridiculamente inútil”.
Achei sempre que era muito racional. Sabia que era espontânea e que para entregar uma parte de mim bastava que imaginasse um sorriso, mesmo que meio escondido ou um bocadinho triste. O sorriso de alguém triste é um tesouro… é uma conquista de amor. Sempre pensei que sentir fazia crescer a razão. Mostrava-lhe um lado que a tornava especial… maior.
Hoje, irrita-me, porque parece alegrar-me numa espécie esperança, que a razão ou o carinho, ou a razão do carinho… ou quer que seja, não me ensine a cruzar os braços e a dormir como se o dia tivesse nascido outro.
Acho que é possível algo mais… depois de tanto, a tristeza não pode vencer, mas já não sei se sou capaz de acreditar que só o que sinto basta.
Sei que, sem saber como lutar e ser, continuarei aqui, a acreditar.


segunda-feira, 1 de setembro de 2008

além do sonho

À noite, acordada, sonhei alto, quase em silêncio, … uma história de encantar. Voei por entre a realidade de ser feliz… toquei todas as estrelas e coloquei-as onde as sinto sorrir. Sonhei que não basta sonhar. É preciso ir além do sonho.