quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

(in)sanidade de Deus



Deitei-me a achar que estava com sono suficiente para dormir... Tinha-me deliciado com as primeiras páginas do livro "Deus não precisa de ti - ter fé em Deus é tudo menos fácil".
Apaguei a luz. Fechei os olhos... Não havia barulho. Ia dormir.
Não havia barulho, mas percebi que também não havia silêncio. Ouvia o meu coração. Não o bater que que ausculto com estetoscópio, nenhum sopro... Ouvia o meu coração numa calma inquieta, num monólogo de quem ama e partilha silêncios. Percebi afinal que rezava. Ou melhor, esta foi a "conclusão". No início não percebia. Confundiam-se os meus pensamentos de amor com as minhas dúvidas e certezas existenciais sobre Deus.
Percebi que era eu própria e inteira na oração, como no amor.
Ouvi e senti, numa tão bonita quanto inquietante harmonia, o sim feliz e infinito do amor em uníssono com o sim perfeito e absoluto de Deus.
Deus é louco!
Deus tem em si toda a loucura do amor.
Deus é mesmo amor!
Perdoa sem pensar. Aceita só porque sim. Sorri só de imaginar. Vive em mim, forma-me, transforma-me, preenche-me, constrói-me. É em mim e comigo. Tudo numa perfeição tão (in)definida que somos só um.
A (in)sanidade de Deus é toda a ilimitada dimensão do amor.
(Não) Havia barulho...
Ouvia o meu coração... Falava de Deus, de Amor, de loucura, de nós...












Ni

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

É Natal!


É Natal!
A magia é agora real...
As luzes que piscam
Nos olhos que brilham,
Nos corações que sentem
Os lábios que sorriem...
Com a simplicidade de criança
Com a crescente esperança
Naquele que nasce,
Menino Jesus!
É Natal!






Ni

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Banalidade de existir

A banalidade de existir
Balança num quase (des)equilíbrio
Com a dificuldade de persistir,
Com excelência e brio,
E ser capaz de ser,
Não (in)diferente, nem maior,
Mas capaz de continuar a crescer
E ser como aprendo com (o) amor:
Gerir a loucura da razão,
Calcular a beleza do céu,
Auscultar o que diz o coração
E ser eu...







Ni

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eu sinto...

É amor...
Eu sinto... é amor!
Não quero nem pensar
E dar espaço à razão para doer...
Quero sentir e aproveitar
O sentimento em mim a crescer...
É amor...
Eu sinto... é amor!
O que tantas vezes sonhei sentir,
A achar não existir...
Existe e vive em mim,
Inteiro, entranhado, sem fim...
É amor...
Eu sinto... é amor!
De uma (im)perfeição invulgar,
Com a verdade do sentir sem pensar,
É a magia real do ser interior
Que vive do sentimento maior...
É amor...
Eu sinto... é amor!







Ni