domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mundo(s)

Era manhã… muito cedo. Eu ainda estava acordada. Tentava esticar a palma da alma para que nenhum pedaço do mundo só meu caísse. Eis que outro mundo acorda já quase a rebentar. Lá se foi o cálculo da destreza da atenção e da racionalização do sono. Por momentos parece que deixei de ter aquele mundo só meu. O que tinha estava exaltado e a desfazer-se. Não é episódio novo. Parece quase um eclipse solar. Deixa de haver luz. As palavras saem do escuro, tantas sem razão. Não olham a alvos. Disparam em todas as direcções. Tudo e todos são alvos. Desculpa: só esta não existe. Nunca. Aprendo que posso esperar tudo menos (uma): desculpa. Posso esperar e prepara-me… não faltará muito para voltar a explodir. Posso esperar de todos o “quase-silêncio”. A partir de agora, outra vez, tudo continuará igual: a mudar. Há quem volte a voltar sempre menos, há quem vá sair para respirar, os que ficam porque faz parte e em mim cresce a vontade de crescer. Não me interessa se tudo isto teoricamente faz parte… Não sonhei assim e estou triste.


4 comentários:

mari (a)penas... disse...

Não sonhaste assim... Mas será que a vida não pode ser melhor que o sonho?

Foi a primeira vez que te li e gostei muito...

E quanto ao post anterior... Ser personagem custa tanto mais que apenas ser narrador, mas o gostinho da felicidade também sabe tão melhor!

Sorri! Sempre! :)

Beijinhos

Anónimo disse...

Como sabes se este aqui não é o teu sonho ?

Provávelmente, até é...

Cris disse...

Desculpa

Camisa Negra disse...

Voltámos Ni.
Creio que o Ingratidão te deixou uma mensagem no blog.
Beijo