Não vou sequer tentar disfarçar… Estou triste. Mesmo triste. Talvez passe um dia. Hoje preciso de chorar. Libertar qualquer coisa. Já não sei se preciso de falar e/ou escrever. Preciso de mandar esta coisa que desassossega para o fim do mundo que não conheço.
Devo ter perdido a expressão do carinho.
Tentei tudo, é verdade, às vezes sem grandes palavras e com gestos toscos, mas foi com um carinho enorme. Tentei até não chorar. Achei que com essa força poderia ser maior. Não é verdade.
O nosso coração não constrói as atitudes com etiquetas e talvez seja por isso que não são percebidas como são soltas. Percebo que o erro do coração é não resistir à preocupação e achar que bate sempre certo mesmo quando luta contra ele e o sistema nervoso. O que é que interessa? Erra e pronto.
A distância das palavras, que aumenta à medida que estas diminuem, de forma talvez não calculada mas inversamente proporcional, torna nítido tudo isto. O silêncio puxa o pano branco de uma placa inscrita pelo passado recente. Tento desvendar os sinais. A alma lê “Ridiculamente inútil”.
Achei sempre que era muito racional. Sabia que era espontânea e que para entregar uma parte de mim bastava que imaginasse um sorriso, mesmo que meio escondido ou um bocadinho triste. O sorriso de alguém triste é um tesouro… é uma conquista de amor. Sempre pensei que sentir fazia crescer a razão. Mostrava-lhe um lado que a tornava especial… maior.
Hoje, irrita-me, porque parece alegrar-me numa espécie esperança, que a razão ou o carinho, ou a razão do carinho… ou quer que seja, não me ensine a cruzar os braços e a dormir como se o dia tivesse nascido outro.
Acho que é possível algo mais… depois de tanto, a tristeza não pode vencer, mas já não sei se sou capaz de acreditar que só o que sinto basta.
Sei que, sem saber como lutar e ser, continuarei aqui, a acreditar.
Devo ter perdido a expressão do carinho.
Tentei tudo, é verdade, às vezes sem grandes palavras e com gestos toscos, mas foi com um carinho enorme. Tentei até não chorar. Achei que com essa força poderia ser maior. Não é verdade.
O nosso coração não constrói as atitudes com etiquetas e talvez seja por isso que não são percebidas como são soltas. Percebo que o erro do coração é não resistir à preocupação e achar que bate sempre certo mesmo quando luta contra ele e o sistema nervoso. O que é que interessa? Erra e pronto.
A distância das palavras, que aumenta à medida que estas diminuem, de forma talvez não calculada mas inversamente proporcional, torna nítido tudo isto. O silêncio puxa o pano branco de uma placa inscrita pelo passado recente. Tento desvendar os sinais. A alma lê “Ridiculamente inútil”.
Achei sempre que era muito racional. Sabia que era espontânea e que para entregar uma parte de mim bastava que imaginasse um sorriso, mesmo que meio escondido ou um bocadinho triste. O sorriso de alguém triste é um tesouro… é uma conquista de amor. Sempre pensei que sentir fazia crescer a razão. Mostrava-lhe um lado que a tornava especial… maior.
Hoje, irrita-me, porque parece alegrar-me numa espécie esperança, que a razão ou o carinho, ou a razão do carinho… ou quer que seja, não me ensine a cruzar os braços e a dormir como se o dia tivesse nascido outro.
Acho que é possível algo mais… depois de tanto, a tristeza não pode vencer, mas já não sei se sou capaz de acreditar que só o que sinto basta.
Sei que, sem saber como lutar e ser, continuarei aqui, a acreditar.
7 comentários:
Hoje não tenho forças para te puxar para cima. Talvez seja melhor chorar contigo. Pode ser que encontremos as duas algum conforto nisso.
Mas não deixes nunca de acreditar e sorri mesmo que seja um sorriso triste.
beijinhos
parece q se esgotou a vontade. recarregar baterias, q nem telemóvel, na fonte de energia q é o espirito de deus. faz desse desejo a tua oração. e deixa o resto por conta dele. aconselho, por experiencia propria(:
Vai atrás...se o fado te chama e na distância se mostra mais capaz...não há razão que o coração não desconheça e nas palavras reluz...
Se estiver enganada perdoa...
Mas desconfio que a distância tornou mais saliente esse teu sentir, e a partida que não o acalma tornou-o mais visivel...afinal, alguém sentiu...
Desculpa mais uma vez que estiver enganada...
Adoro-te muito
Beijinhos...e luta!
Olha sou eu outra vez Ni!
Não sei se és destas coisas...mas eu gostava muito de te oferecer um award como gesto de amizade e de admiração pela tua sensibilidade e modo de escrita.
Caso aceites, é só ires busca-lo ao fim do meu blog, esta lá num cantinho à tua espera!
Beijokinhas.
Ó Ni, que te hei-de dizer?
Sabes, chorar faz bem, alivia, esgota e muitas vezes depois vem a calma, a paz, e com elas o discernimento.
Apesar de não te conhecer pessoalmente, o meu coração entristece-se ao sentir-te triste à procura do caminho.
Mas o caminho está aí, mesmo à tua frente, e se calhar ainda não o viste porque ainda não abriste totalmente os olhos do coração, ainda não deste o salto que deu o cego Bartimeu:
«E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus.» Mc 10,50
«Levanta-te e anda», toma a vida sobre os ombros e pede a Cristo que seja o teu Cireneu, e confia, e espera, e agradece louvando, pelos momentos menos bons que estás passando.
Eu faço o que posso: Rezo por ti!
Abraço muito amigo em Cristo
necessario verificar:)
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