quarta-feira, 27 de agosto de 2008

ténues fronteiras

As palavras prendem-se ao sabor amargo do silêncio, perdem-se no caminho da distância e as que permanecem em mim sussurram alto, até ao tecto da alma, e ecoam no vazio que as paredes da tristeza humanizam pela forma esculpida de um corpo. Corpo que, pela alma intensa de quem sente fundo e sonha longe, tropeça no emaranhado de ténues fronteiras entre o (des)agradável e (in)útil… Trilhos estreitos que só vê depois de cair.


5 comentários:

rogério disse...

"as palavras prendem-se ao sabor amargo do silêncio" nice

Anónimo disse...

"Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência."

Pablo Neruda (Últimos Poemas)

Luz Ni!

Elsa Sequeira disse...

"Trilhos estreitos que só vê depois de cair."

Linda!

As quedas costumam acontecer assim...mas, lembra-te que sempre depois d euma queda ficamos mais fortes e conhecedores desses trilhos...quem sabe na próxima passamos ao lado!!

Força para ti!!!

bjtsssssssssssssss

Cris disse...

Que palavras sussurram até ao tecto da alma? São boas? Deixa-as ecoar no vazio, que podem eventualmente preencher e encher de significado o corpo. São más? Deixa serem essas as que se perdem no caminho da distância.
Força!
Beijinhos

Rosa disse...

Ni, são esses trilhos estreitos que nos fazem tropeçar e cair, mas são também eles, ainda que com tristeza e algum sofrimento, nos ensinam a mudar o rumo das fronteiras.
Ajudam a que o caminho seja o recto e o certo, sem nos perdermos.

Abraços.

R.I.