domingo, 16 de dezembro de 2012

Manifesto contra o tempo em contra-tempo

Seja este um manifesto contra o tempo...
Aquele tempo sempre em contra-tempo...
Aquele tempo com a mania de correr
(Des)Acertado num cronómetro a alta velocidade
Quando ainda se respira o cheiro da felicidade
Daquele momento ainda não acabado de viver...,
Daquele sorriso ainda a persistir
No coração que ainda só consegue sentir
Aquilo que não foi tempo...
Mas eterno momento.

Seja este um manifesto contra o tempo...
Aquele tempo sempre em contra-tempo...
Aquele tempo com a teimosia de parar,
Com a persistente mania de desafiar
Os conhecidos ilimitados limites da saudade,
A pôr à prova a razão e a (in)sanidade...,
E, com estranha pressa, desabitar a alma
Daquela feliz e anestesiada calma
Enquanto o sentir passa a ser lembrança
E o voltar a sentir... a inabalável esperança...






Ni

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