O mundo fica vazio aos poucos… Parece um balão que sem furo e sem barulho perde ar.
Todos partem… com distâncias diferentes, mas partem… e deixam pedaços.
Parte quem vai crescer para longe. Partes tu, com quem não estava muitas vezes, mas já sinto falta. É diferente. Sorríamos sempre. Às vezes tristes, com a vida do avesso, mas sorríamos. Havia sempre novidades… e coscuvilhices (admito). Nunca te disse… mas admiro a maneira como te entregas… como fazes de segredos partilhas lindas. Não sei porque começou assim tão forte, mas sabe bem a nossa amizade.
E tu… a quem não achei piada quando te vi. Ar de menino mimado e que implicava com toda a gente. Foi assim só até te ver triste… até ao primeiro abraço. Quem mais se vai pôr a gritar do outro lado da rua em Coimbra? Quem me vai oferecer aqueles beijinhos todos… que eram teus? Quem vai adivinhar quando estou offline no Messenger? Mandava-te um toque quando passava em tua casa… E agora? Um dia perguntaste como sabia que estavas ali se a luz estava apagada… O que interessa? Era sempre só para um bocadinho… e lá ficávamos nós em frente à tua porta… e o jantar a esperar. Nunca foi preciso dizer muito… Agora parece que ficou tanto por dizer.
Este lugar longe… este tempo longe… é um sonho vosso. Fico feliz por ter chegado e sonho convosco.
E parte quem fica perto… Quem sem palavras pede espaço… Quem precisa de um mundo que não reconhece nas minhas mãos.
