segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Um pouco mais...

Quando começa o que até aí era para ser mentira, o impossível da verdade pede que acredite no mais simples do que ela magoa. E, eu acredito.



Talvez o meu crer seja uma vantagem do querer.

sábado, 27 de outubro de 2007

lua cheia...

A lua estava cheia... Olhei-a como tantas vezes. Sim, bonita... redonda.
Foi quando (não) senti que a vi. Tinha tanto para dizer... Não sei se eu, se a lua.
Ela tinha manchas, como histórias para contar. Umas grandes, outras nem por isso, mas todas entranhadas.

Pensei que somos luas cheias, que nos vamos aprendendo a (pre)encher.
Exigem ciência... e é essa a aparência... Bruta, fria, vazia... Mas todos temos um lado de dentro... e esse é sempre mais desenhado... É difícil!






segunda-feira, 22 de outubro de 2007

(in)diferente força...

Nasce de onde nada seria de esperar… (in)diferente a tantos passos ou meras passagens… e, sem se saber muito bem como, permanece.


sábado, 20 de outubro de 2007

5 estrelas... e muitos céus...

De repente, mesmo de dia, as estrelas brilharam... Parece que as tinha pedido todas ao céu por um bocadinho. A Minerva, com palavras que tocaram no fundinho do meu céu, elegeu este blog como um blog 5 estrelas.




O sabor da surpresa, alegria e gratidão permanece no sorriso, que de bonito, se tornou eterno.

Há sempre pontas soltas... e estas estrelas têm mais donos. Elas brilham no mais profundo de outros céus. Não sei se com brilhos diferentes, mas a intensidade é em todos enorme.

(Nunca gostei de ter de racionalizar números que, eventualmente, transmitam sentimentos... Não quis contar quantos cantinhos me acolhem... até porque sei que em alguns deles as estrelas já são companhia. E, se em outros ainda não notaram a sua presença... fechem os olhos e abram um pouco as asas da alma.)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ontem...para sempre!

O dia foi ontem, mas não consegui escrever. Foi (b)em cheio. Não sei se ainda tarde, se muito cedo, mas começou apressado.
Do nevoeiro matinal foram surgindo pessoas, algumas com manifestações inesperadas. Foi bom. Entre muitos sorrisos, eis que surge um bem diferente... Cheio, grande... e que agora, no meu quarto, é companhia.
Já me vão conhecendo... e, como os vícios também nos pertencem, a caixa de gomas não faltou (todos riem, mas também gostam...).
De pasta e sorriso na mão, volto para casa. Sabia que o dia ainda não tinha acabado, mas não o julgava tão longo e cheio de tanto.
Sentei-me e deixei a guitarra tocar.
O dia (re)começava. Ao fundo das escadas as surpresas iam chegando. Pensei (e disse): "Não é possível...". A realidade chegava num abraço e num outro brilho "programado" do olhar.
Na mesa, no chão, na mesinha de cabeceira estão lembranças lindas, profundamente lindas... enormes! No coração todos aqueles que fazem acreditar que há sempre algo para além do possível.


Simplesmente para comemorar.
Muito Obrigada!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Desassossego

"A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar."


(Fernando Pessoa, in O Livro do Desassossego)


sábado, 13 de outubro de 2007

À beira do... branco

Sentei-me à beira do mundo. Folha em branco na mão...
Foi-me fiel. Voltou assim, comigo.


Aquele não era o meu lugar.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

... mais leve

Chego a casa... sem ninguém. Ligo, como sempre, a televisão... não sei o que dizem... mas tem cor.
Abro as janelas, espreito...
Tiro material da pasta... amanha, já sexta, estará mais leve.
O tempo não pára... não espera por nada mesmo.
Já estava a fazer frio... Fui fechar as janelas. Naquele quarto, quase vazio, a certeza da presença fez-me deitar um pouco. Adormeci.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Todos se perguntam

Eu acredito que
Tu acreditas.
Ela acredita que
Nós existimos.
Vós sabeis se
Eles existem?

domingo, 7 de outubro de 2007

Quero ser...

Quero ser grande!
Nunca foi assim que fiz a composição da escola primária… Já não sei o que respondi na altura… Lembro-me que naquela em que nos perguntavam que animal queríamos ser, eu disse que queria ser um passarinho…
Hoje, talvez dissesse que quero ser grande, para poder, de pés na terra, olhar o céu nos olhos, escrever os sonhos nas nuvens e estar à sua altura… para poder saltar e abraçar o mundo… para chegar ao limite e tratá-lo por “Tu”.
Ser grande, para perceber a simplicidade de viver e viver, simples, a difícil missão de ser feliz…


Afinal, quero ser criança!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Pedaços de um só


Andam pedaços por aí...
Cabelos castanhos,
Olhos estranhos
Grandes, pequenos, vazios...
Escondem tesouros,
Sonhos perdidos
(Des)encontram-se (a)os poucos.
Sem caminho
Com futuro.
Vão crescendo,
Apertando-se...
Vão sendo sozinhos,
Distantes
Um só
Sentimento.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Um principezinho

Sentei-me onde os pés não tocavam no chão... Não sei passado quanto tempo sentou-se ao meu lado a criança que agora me faz escrever. Não sei o nome. Sei que foram várias as vezes que o vi, que me meti com ele, que, instintivamente, lhe passei a mão pela cabeça (sempre gostei de despentear os miúdos). Perguntou-me se estava triste. Disse-lhe que pensava... Ele rematou: "Eu só penso quando estou triste."
Era pequena demais para aquela conversa, felizmente começou a chover. "Temos de ir para casa."
Não sei o que foi fazer. Talvez coisas da escola. Eu vim ler "O principezinho".


Estas são apenas algumas reflexões de todo o pensamento:


"- Só as crianças é que sabem do que andam à procura - disse o principezinho. - São capazes de perder tempo com uma boneca de trapos que, por isso, passa a ser muito importante para elas. Se alguém lha tira, desatam a chorar...
- Que sorte que as crianças têm! - disse o agulheiro"


"O principezinho sentou-se numa pedra e levantou os olhos para o céu:
- Se calhar, as estrelas só estão iluminadas para que, um dia, cada um de nós possa encontrar a sua."


E o livro acaba assim: "Que grande mistério! Vão ver que, para vocês, que gostam tanto do principezinho como eu, nada no Universo fica na mesma se, algures, não se sabe bem onde, uma ovelha que nós não conhecemos tiver ou não comido uma rosa. ... E nenhuma pessoa grande há-de alguma vez perceber como isso é importante!"