segunda-feira, 7 de maio de 2007

Tudo do nada

Respondi depressa, para parecer convincente: "Não tenho nada".
Não quero saber o que diziam os olhos... a conversa ficou temporariamente por ali.
É o nada que preenche quase todo o presente. É enorme. Abraça o passado na sua complexidade de lugares, cheiros, cores, momentos, silêncios... É um nada cheio de tudo o que atormenta o presente, que aos poucos se entranha num passado recente e que deixa medo de projectar o futuro.
Quase... mais nada...

2 comentários:

Anónimo disse...

Por vezes… quando sentimos um “nada”, um vazio que preenche todo o presente e não deixa sonhar o futuro… é bom procurar um ombro amigo para que nele possamos depositar os nossos receios… as nossas angústias e, com ele, possamos partilhar as nossas lágrimas. Só deste modo, permitir-nos-emos abrir o coração à vida e esboçar-lhe um sorriso.
Mesmo que às vezes não consigas ver, sentir… podes estar certa que me terás sempre por perto…


“Quando dói olhar para trás e estás demasiado assustado para olhar em frente, podes olhar para o lado…. O teu AMIGO estará sempre lá”

Cris disse...

Não ter nada para esconder o tudo que se tem. Para não ter que falar, explicar, cala-se o tudo e balbucia-se o nada. É mais fácil assim? Parece, mas nem sempre se revela verdade.
Beijinhos