Foi exactamente agora que o meu coração começou a bater mais forte. Não, não é qualquer tipo de alegria sorrateira. É a tristeza escancarada. Mas não posso chorar… e as palavras saem de repente, como quem quer freneticamente escrever fim.
Não posso chorar. Não posso chorar porque os olhos doem de outros dias. Não posso chorar porque (não) sinto. Não posso chorar porque noutros olhos estaria a exagerar. Não posso chorar porque a dor já não se chora. Não posso chorar porque não posso chorar. Mas as palavras não escolhem. Não posso escrever fim porque até agora não lutei assim. Não posso escrever fim porque (não) sinto. Não posso escrever fim porque noutros olhos estaria a exagerar.
Não posso ou não quero… desistir (?!).
E o coração não acalma e a alma já chora e os pontos finais caem em cima das frases soluçadas no silêncio. E as perguntas não param e as respostas não falam e a única resposta não existe. O silêncio instalou-se, o desconforto grita e a mão treme e pede calma. Acabam-se as forças e o tempo, o tempo das forças e a força do tempo. Já não há sinal de um outro lado, daquela manhã diferente depois da noite tão igual. Já não há sinal… Mas ainda há esperança que não devia haver. Ainda há tempo eternizado nas recordações do coração.
Pode o tempo roubar-me as palavras, a pontuação, as lágrimas e a esperança, mas as recordações não. Talvez devesse, mas não deixo.
Não posso chorar. Não posso chorar porque os olhos doem de outros dias. Não posso chorar porque (não) sinto. Não posso chorar porque noutros olhos estaria a exagerar. Não posso chorar porque a dor já não se chora. Não posso chorar porque não posso chorar. Mas as palavras não escolhem. Não posso escrever fim porque até agora não lutei assim. Não posso escrever fim porque (não) sinto. Não posso escrever fim porque noutros olhos estaria a exagerar.
Não posso ou não quero… desistir (?!).
E o coração não acalma e a alma já chora e os pontos finais caem em cima das frases soluçadas no silêncio. E as perguntas não param e as respostas não falam e a única resposta não existe. O silêncio instalou-se, o desconforto grita e a mão treme e pede calma. Acabam-se as forças e o tempo, o tempo das forças e a força do tempo. Já não há sinal de um outro lado, daquela manhã diferente depois da noite tão igual. Já não há sinal… Mas ainda há esperança que não devia haver. Ainda há tempo eternizado nas recordações do coração.
Pode o tempo roubar-me as palavras, a pontuação, as lágrimas e a esperança, mas as recordações não. Talvez devesse, mas não deixo.
6 comentários:
custa-me tanto ver-te falar dessa coisa que chamas tristeza que rói a superfície do ser e vai entrando dentro se lhe deixarmos a porta de nós aberta...
Ni...
estou contigo!...
É possível ser feliz!
É possível ser feliz!
E eu sinto que podes descobrir dentro de ti a verdadeira felicidade... está aí, num cantinho qualquer de ti... está aí, quase a vejo, quase me sorri
Abraço muito forte, daqueles demorados e que sossegam...
Tenho dificuldade em entender.
Mas para acalmar esse coração, mil :)
R.I.
Bom dia Ni
«Mas ainda há esperança que não devia haver.»
Há uma esperança que existe sempre e que nunca deixará de existir e que se nós quisermos se começa a fazer realidade agora para atingir a plenitude depois.
Sabes bem quem É a Esperança!
E tu esperas porque se sente na tua escrita a tua esperança.
Abraço amigo, cheio de esperança em ti, porque em Cristo
Não gosto nada de ter ler assim...tenho para mim que és uma pessoa bem alegre e de sorriso fácil..Gostava de o comprovar!
Beijocas
"...e os pontos finais caem em cima das frases soluçadas no silêncio."
:S nó na garganta
Beijitos
Apaixonei-me por este post. Escreves TÃO bem :D
:)
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