segunda-feira, 11 de junho de 2007

A(s) criança(s) que há em mim

O vento sopra desorganizado, às vezes, enfurecido por ver constantemente três chamas a brincar. Devem ser de velas, em que a cera não se gasta, que valem pela chama, luz e calor que dão e alimentam.
São como crianças, sensíveis ao que as rodeia, mas persistentes e com um espírito aguçado de entreajuda.
Fazem de mim o que querem... conquistam-me com as mais simples justificações.
Não têm nomes vulgares, mas têm corpo e alma que todos conhecem.
A Vontade desafia constantemente a Coragem para longas caminhadas. Correm contentes, de mãos dadas... Quando tropeçam, sofrem juntas, ficam com os mesmos arranhões e as cicatrizes fazem-nas crescer lado-a-lado, como que imagens de um mesmo espelho.

Quando o tombo é grande e o medo de sonhar tão alto é enorme, lá está a Fé, que sempre cautelosa, não cai e alimenta a vontade de mais um sonho e a coragem de lutar até ao fim.


Foi ela, a Fé, que nos seus silêncios, escreveu este texto e o dedicou a todos os seus amigos.

1 comentário:

Cris disse...

Essa(s) criança(s) enchem o meu coração de ternura e põe um sorriso no rosto e uma lágrima no canto do olho. Dão vida ao meu sentir que anda sem Vontade nem Coragem.