As poucas e forçadas palavras, a voz triste e decidida tornavam a conversa ainda mais difícil. O ambiente (que odeia e que relembra cada instante profundamente doloroso) não ajudava nada.
Tentei mudar tudo, vestir o ambiente do que não a importa, dar à minha voz uma doçura que se transmitisse a ela, dar a cada gesto uma explicação e o carinho que não se explica...
Consegui descobrir que gosta que lhe chamem "Di".. Sorri e disse-lhe que éramos parecidas..., que a mim gosto que me chamem Ni...
No fim, depois de ultrapassar muitas memórias, as lágrimas incontidas quase lavavam o sofrimento entranhado...
Perguntei como ia a escola e agora que já não era pequenina (altura a que associa tanto sofrimento), se já sabia o que queria ser quando fosse grande... Respondeu-me depressa: quero ser como tu!
Fiquei sem grande resposta, mas sorri-lhe e disse que ela é capaz!

Ni