quarta-feira, 12 de março de 2014

Abraçar a vida a passar...

Sinto-me de braços cruzados
A abraçar a vida a passar...
A (des)equilibrar-me com ventos de todos os lados
Sem cair e sem andar...

É como se o tempo só soubesse correr
Sem sequer poder esperar
Que a minha vida comigo possa crescer
Com tudo o que há para mudar...

Mas o tempo não percebe...
E a vida a passar não cede...
E tudo passa sem pedir...
E tudo passa sem deixar...
E dou por mim a ficar...
... A ficar sem ter vida para onde ir...






Ni

1 comentário:

Armeniz Müller. disse...

Ni:
... Porque só aos poetas foi dado o poder de contrariar o tempo, e um pouco mais ficar, e refletir, e meditar, e assim mais e mais inspirando-se, suspirar e registrar nos pergaminhos sentimentais os seus amores unilaterais, os seus medos, a sua tristeza e a sua melancolia, salpicados por raros e valiosos momentos de alegria.
Abraços,
poetinha Armeniz.