Entrou a chorar. Compreendi depois de duas vacinas. Vinha de mão dada com o mimo da mãe e ao colo trazia a amizade incondicional do seu cão. Era um peluche..., mas só eu é que via assim.
Perguntei àquele menino como se chamava aquele inseparável amigo, que secava as lágrimas, segurava a chupeta e limpava o nariz. Obviamente, "Cão"!
O "Cão" consolou o menino, enquanto eu disfarçava o inevitável seguir da consulta, com as primeiras perguntas. ... Mas o pegar no estetoscópio ameaçou uma tempestade de lágrimas e gritos que a mãe disse conhecer.
Pois bem, o "Cão" passou a ser também o meu melhor amigo. Auscultei o "Cão" (e o "Ruca" da camisola), vi-lhe os ouvidos e garganta, fiz-lhe "cócegas na barriga"... Enfim, sorte a minha em o "Cão" não se queixar. Consegui, nesta espécie de duas consultas, que aquele menino pela primeira vez não chorasse.
No fim, antes de sair a correr com as suas sapatilhas do "Faísca Mcqueen", consegui que os dois me dissessem adeus e até um beijinho, primeiro, claro, do "Cão" e só depois do pequenino.

Ni