quarta-feira, 27 de maio de 2009

Reviravoltas

Pensei muito antes de vos escrever hoje. Faço-o há algum tempo… já longo.
Iniciei este blog a pensar conseguir (d)escrever-me e partilhar dias de uma forma mais (ou menos) abstracta. Imaginei que isso seria sempre possível. Talvez fosse defesa. Sim. Talvez. Não nego. Parece que assim me sentiria mais confortável, como que com uma capa resistente e sem formas que esconde o que somos. Mas conheci-vos. Obrigada. Conheci-vos e fui, aos poucos, deixando de ser capaz de me descrever sem formas, corpo e alma. Partilho-me quase sem dar conta por não doer. É assim nas descobertas, nos dias felizes e tristes.
Sabem? Admiro tudo o que escrevem, mesmo nos dias tristes, porque até fica bonito. Mas conheci-vos e ler-vos tristes custa. Sei que são fases. É assim a vida… cheia de voltas. É isso. A vida habituou-nos a dar voltas e a voltar. Só ainda não tinha descoberto que há reviravoltas tão difíceis e demoradas de passar. Impossíveis?! Não sei. Não percebo.








Já esperei o tempo… todo o tempo. Já alarguei o tempo de esperar. Sonhei. Alarguei e reconstrui sonhos. Adaptei-os ao tempo que (não) passa. Acho que inventei desculpas para que doesse menos. E agora, que as desculpas se cansam, dói mais.
Acumula-se o tempo e a falta de tempo, os sonhos apenas sonhados… E eu estou triste. E não sei escrever-me assim.
Nunca a vida me tinha dito que havia voltas em que não nos dá o que nos promete. Um abraço. Aquele abraço. São bons aqueles que pequeninos correm desde longe de braços abertos, mas não são todos. Falta aquele. Aquele que não corre mas pára. Pára o tempo. Eterniza(-nos). Falta. Sinto falta. E isto não passa.

Sabem? Aprendo também que triste não se estuda bem. As letras acumulam-se em montes em forma de linhas, uma lágrima faz com que batam desfocadas e eu tento ler. Leio e releio e nada. Dou por mim longe, só a pensar, lembrar, sonhar…
Aproxima-se a época de exames e tudo parece loucura. Uma estranha loucura em tons de cinzento.
Não. Não é o fim do nosso Branco Escuro. Ponderei, mas não. Não, porque imaginei escrever-vos em tantos momentos felizes. Não, porque, para além de mim, eu sou eu e o que sonho.
Vim pedir desculpa pelas poucas cores, pela falta de palavras, pela falta de tempo e pelo louco tempo que me (ainda) espera.
Vim… tentar consciencializar-me que há voltas que não voltam. Não consegui. Sonho.


terça-feira, 19 de maio de 2009

Deus está em todo lado

Duas crianças à porta da igreja:


- Não é assim que se faz. É assim (exemplifica, ajoelhando-se).
- Eu faço como eu quiser.
- Mas não. Tens de fazer assim. Quando se passa ali (no meio do corredor central) é assim que se faz.
- Porquê?
- Porque sim. O padre faz assim.
- Assim (faz uma vénia com a cabeça) também dá. Eu faço como eu quiser.
- És teimosa. Tem de ser como eu fiz.
- Porquê?
- … porque Deus está ali.
- Oh… não pode ser só por isso. Deus está em todo lado.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

maior distância

Esperei mais do que podia… Esperei para lá e para cá do sonho. Achei que não seria sonho… pensei que fosse possível e que agora o silêncio não doeria assim.
É cada vez maior a distância…


segunda-feira, 11 de maio de 2009

(sem) palavras


Sabia que há momentos em que não há palavras… outros em que mesmo a rebentar na alma não conseguem soltar-se, mas não sabia que se trocavam para que magoassem.



Há coisas que não gosto de aprender.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

dois anos

Há dois anos por aqui... a partilhar e a crescer.
Obrigada a todos que pintam este nosso cantinho, a todos os que por aqui passam, aos que deixam palavras sempre bonitas e que seguram, aos que deixam os mais variados silêncios...
Obrigada por, tantas vezes, fazerem de um simples cantinho uma casa inteira.
Obrigada por tornarem isto possível.
Obrigada...

domingo, 3 de maio de 2009

Dia da Mãe

Porque sei que às vezes te parece que faço tudo ao contrário...


Obrigada, Mãe!

sexta-feira, 1 de maio de 2009