Pensei muito antes de vos escrever hoje. Faço-o há algum tempo… já longo.
Iniciei este blog a pensar conseguir (d)escrever-me e partilhar dias de uma forma mais (ou menos) abstracta. Imaginei que isso seria sempre possível. Talvez fosse defesa. Sim. Talvez. Não nego. Parece que assim me sentiria mais confortável, como que com uma capa resistente e sem formas que esconde o que somos. Mas conheci-vos. Obrigada. Conheci-vos e fui, aos poucos, deixando de ser capaz de me descrever sem formas, corpo e alma. Partilho-me quase sem dar conta por não doer. É assim nas descobertas, nos dias felizes e tristes.
Sabem? Admiro tudo o que escrevem, mesmo nos dias tristes, porque até fica bonito. Mas conheci-vos e ler-vos tristes custa. Sei que são fases. É assim a vida… cheia de voltas. É isso. A vida habituou-nos a dar voltas e a voltar. Só ainda não tinha descoberto que há reviravoltas tão difíceis e demoradas de passar. Impossíveis?! Não sei. Não percebo.
Iniciei este blog a pensar conseguir (d)escrever-me e partilhar dias de uma forma mais (ou menos) abstracta. Imaginei que isso seria sempre possível. Talvez fosse defesa. Sim. Talvez. Não nego. Parece que assim me sentiria mais confortável, como que com uma capa resistente e sem formas que esconde o que somos. Mas conheci-vos. Obrigada. Conheci-vos e fui, aos poucos, deixando de ser capaz de me descrever sem formas, corpo e alma. Partilho-me quase sem dar conta por não doer. É assim nas descobertas, nos dias felizes e tristes.
Sabem? Admiro tudo o que escrevem, mesmo nos dias tristes, porque até fica bonito. Mas conheci-vos e ler-vos tristes custa. Sei que são fases. É assim a vida… cheia de voltas. É isso. A vida habituou-nos a dar voltas e a voltar. Só ainda não tinha descoberto que há reviravoltas tão difíceis e demoradas de passar. Impossíveis?! Não sei. Não percebo.

Já esperei o tempo… todo o tempo. Já alarguei o tempo de esperar. Sonhei. Alarguei e reconstrui sonhos. Adaptei-os ao tempo que (não) passa. Acho que inventei desculpas para que doesse menos. E agora, que as desculpas se cansam, dói mais.
Acumula-se o tempo e a falta de tempo, os sonhos apenas sonhados… E eu estou triste. E não sei escrever-me assim.
Nunca a vida me tinha dito que havia voltas em que não nos dá o que nos promete. Um abraço. Aquele abraço. São bons aqueles que pequeninos correm desde longe de braços abertos, mas não são todos. Falta aquele. Aquele que não corre mas pára. Pára o tempo. Eterniza(-nos). Falta. Sinto falta. E isto não passa.
Sabem? Aprendo também que triste não se estuda bem. As letras acumulam-se em montes em forma de linhas, uma lágrima faz com que batam desfocadas e eu tento ler. Leio e releio e nada. Dou por mim longe, só a pensar, lembrar, sonhar…
Aproxima-se a época de exames e tudo parece loucura. Uma estranha loucura em tons de cinzento.
Não. Não é o fim do nosso Branco Escuro. Ponderei, mas não. Não, porque imaginei escrever-vos em tantos momentos felizes. Não, porque, para além de mim, eu sou eu e o que sonho.
Vim pedir desculpa pelas poucas cores, pela falta de palavras, pela falta de tempo e pelo louco tempo que me (ainda) espera.
Vim… tentar consciencializar-me que há voltas que não voltam. Não consegui. Sonho.
