terça-feira, 7 de abril de 2009

dúvidas no(s) silêncio(s)… todos (se) perguntavam porquê

Não compreendo a morte. Não a parte explicável pela ciência… mas a outra onde cabe a continuidade da Vida… aquela em que nos deixamos de ver e onde a distância deixa de ser aquela que nos permite abraçar.
A igreja estava cheia, o adro estava cheio… Toda gente comentava a pouca idade, falava-se de injustiça e continham-se dúvidas no(s) silêncio(s)… mas todos (se) perguntavam porquê.
Algures onde “arrumo” livros, exames, esquemas, ciclos, reacções, valores, resultados… tudo se encadeia para explicar que o coração pára. Mas e o resto? Não há nada na alma a explicar nada.
Bem sei meu Deus, ainda mais agora, nesta caminhada que faço contigo, em que com o Teu toque doce na minha Vida preparas o meu coração para Te receber Ressuscitado, que devia ser capaz de aceitar e sentir que faz parte. Mas… Mas enquanto sentimos terra segura debaixo dos pés, enquanto corremos apressados pela vida e criticamos pequenos desafios que nos dás para crescermos não pensamos como somos felizes juntos… Felizes só por estarmos juntos.
Doce Deus, Tu que nos dás a Vida, ensina-nos a senti-la, a dar-lhe valor todos os dias. Ajuda-nos a ser felizes sempre e a apreciar cada sorriso nosso como um tesouro… e cada dia como bênção.
Cuida com todo o Teu Amor de todos aqueles que em Ti depositam a sua Fé e vontade de vencer.


5 comentários:

mila disse...

"Doce Deus"
Adorei esta expressão!!!

Um abraço para ti!!

António Valério,sj disse...

Faço minha a tua oração... obrigado!

entremares disse...

Gostava de tentar perceber também... esse outro lado da vida, ou da morte, o que deve ser a mesma coisa. Irrita-me pensar que seria um desperdício terrível de sabedoria deixar perder tudo o que se conseguiu aprender durante uma vida inteira, por mais curta que ela seja...

Mas, por mais que pense... também ainda não descobri a RESPOSTA...

Rita Galante disse...

Olá Ni!

Vim aqui parar... já nem sei bem através de quem, mas fiquei "presa" ao teu post, mais propriamente à primeira frase.

Permite-me expressar a minha opinião: Como é que tu queres compreender algo que não existe? A "morte", tal como os humanos a entendem, tal como está indicada no dicionário, não existe... pelo menos para mim. A "morte" é somente o fim de uma determinada forma de manifestação, o final da função terrena e o retorno à nossa verdadeira essência - Seres de Luz, que se prontificaram a entrar na roda das incarnações, a fim de jogarem um jogo que, também ele, já terminou. Se conseguirmos compreender isso, ou seja, percebermos que somos seres de luz, seres espirituais a viver uma aventura humana e não seres humanos a viver uma aventura espiritual, tudo fará sentido, a até mesmo a dita "morte", ou melhor, partida, regresso a "Casa".

Deixo-te luzinhas mensageiras de cor prata da Mãe e douradas do Pai.

Beijinhos de Amor e Luz!

Anónimo disse...

Ando à deriva, à procura de respostas para tantas dúvidas de fé.... Não me apetece rezar, não sei no que acredito; a morte da minha mãe, com tanta dor fisica e psicológica até aingir a morte, deixou em mim, um vazio de fé, de acreditar...
Afinal tudo acabou aqui ???? jámais se lembrará de mim ??? se eu não rezar por ela, o que acontece ???