quarta-feira, 22 de maio de 2013

Do sentir ao escrever...

A distância do sentir ao escrever
Impede-me de saber dizer
O que sinto tão bonito...,
Tantas vezes (mal) (d)escrito...
Com palavras e conceitos
Vazios, já pré-feitos...
Mas o que sinto não é assim...
Não tem uma forma assim-assim...,
Nem um outro nome qualquer,
Não joga ao bem-me-quer e mal-me-quer...
Não tem sequer outro significado
Nem pode arriscar ser explicado...
É único, é especial...
É essencial...
Só sei que é sempre maior...
Que é Amor.





Ni

quinta-feira, 9 de maio de 2013

... (D)Escrever Amor

Podia inventar mil versos,
Contrapor com mil e um reversos...
Podia descrever o mundo
Desde o ponto mais profundo...
Falar das estrelas e da lua,
De cada canto da rua...,
De todas as terras e mares...
Podia até inventar novas cores,
Novas palavras, novo poema...
Mas teria sempre o problema:
Não há outra forma de escrever Amor.





Ni

sábado, 4 de maio de 2013

Obrigada...

Às vezes, até pensamos momentos para rezar e depois...
Ontem foi (quase) assim. Enquanto alguns rezariam eu tocava viola, perdida entre acordes e as dores nos dedos e a tentativa de não trocar nenhum...
E eis que no fim, quase já sem gente..., pousei a viola. Sentia falta de rezar. Sentei-me, pernas cruzadas, aninhada junto a Ti. A luz das velas tremia como a minha voz em silêncio de quem não sabe o que dizer. Sei que instintivamente inclinei a cabeça como a Tua tentando olhar-Te nos olhos. Fechei os meus e sei que aí, em mim, Te vi melhor. Uma lágrima calma escorria enquanto eu sorria e dizia-Te em silêncio, mas não em segredo: Obrigada por tudo o que és em mim.






Ni